Na Sessão Ordinária desta segunda-feira (7), foi colocado em pauta o Projeto de Lei nº 46/25, que trata do reajuste geral anual dos vencimentos dos servidores públicos municipais, aposentados, pensionistas, estagiários e bolsistas. O projeto, enviado sem qualquer diálogo prévio com o funcionalismo, foi mais um capítulo do autoritarismo da prefeita Suéllen Rosim — uma gestora que desde o início de seu primeiro mandato atua de forma truculenta, desrespeitosa e insensível com os servidores e com as instituições da cidade.
Durante a discussão do projeto, o vereador Eduardo Borgo (Novo) chegou a pedir o sobrestamento do PL, mas a vereadora Estela Almagro (PT) fez um apelo direto para que o parlamentar retirasse o pedido. Estela foi enfática ao afirmar que alguns dias a mais não mudariam a postura da prefeita, que se mostrou, reiteradas vezes, autoritária, intransigente e desumana com as mais de 7 mil famílias dos servidores públicos municipais.
A parlamentar lembrou ainda que a responsabilidade pela valorização dos trabalhadores é exclusiva do Poder Executivo e que não pode ser empurrada para o parlamento. Ela destacou que milhares de servidores — em sua maioria nos níveis mais baixos da tabela salarial — aguardavam, com urgência, qualquer valor para ajudar nos gastos básicos do dia a dia.
Os vereadores derrubaram o pedido de sobrestamento e aprovaram o reajuste de 4,83%, índice considerado insuficiente, unilateral e desrespeitoso pela categoria.
Todo o processo foi atropelado pela prefeita Suéllen Rosim. Um projeto que sequer foi discutido com o sindicato ou com os servidores chegou à Câmara como imposição, sem qualquer abertura ao diálogo ou respeito ao rito democrático. A chefe do Executivo mais uma vez provou que não respeita os trabalhadores, ignora o Poder Legislativo e pisa nas instituições públicas da cidade.
Desde que assumiu o governo, Suéllen Rosim rompeu relações com os representantes dos servidores, atacou direitos, congelou benefícios e implementou uma gestão que será lembrada como a mais autoritária e perversa da história recente de Bauru. Uma prefeita que condenou os servidores à miséria, sucateou a saúde e esqueceu da educação.
O Sinserm lamenta profundamente mais esse episódio de desrespeito. Mas deixa claro: não fugirá à luta. Seguimos mobilizados, combativos e unidos pela valorização do funcionalismo público. A paralisação de 24 horas foi cumprida com honra e determinação pelos servidores. E não descartamos novas ações, até a categoria seja ouvida. Bauru pede socorro — e nós, servidores, seremos a voz da resistência.