O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bauru e Região (SINSERM) recebeu, nesta terça-feira (21), denúncia grave sobre um acidente de trabalho ocorrido no refeitório do Terminal Rodoviário de Bauru, na manhã da última segunda-feira (20). O fato, segundo informações apuradas por um dos diretores do sindicato, vem sendo deliberadamente omitido dos órgãos de imprensa e até de setores internos da administração municipal, em mais um episódio que levanta sérias dúvidas sobre as condições de segurança e a transparência na condução dos serviços públicos.
De acordo com o relato, um pedreiro caiu de um andaime de aproximadamente 2,5 metros de altura, sofrendo trauma grave na cabeça e sendo encaminhado em estado crítico ao pronto-socorro municipal. O mais alarmante, contudo, é que o equipamento utilizado no trabalho estava em condições irregulares, sem travas adequadas nas rodas e sem garantia de estabilidade mínima exigida pelas normas de segurança.
O SINSERM apurou, ainda, que o profissional acidentado sequer pertencia ao quadro de servidores do terminal, tendo sido recrutado de outro setor (Cemitério Municipal) para realizar o serviço, após o trabalhador originalmente designado recusar-se a subir no andaime devido à sua precariedade.
Outro fato que chama atenção é o comportamento do gestor responsável pelo setor, que, mesmo diante da gravidade do acidente, não acompanhou o servidor ferido até o pronto-atendimento, delegando a tarefa a outro trabalhador. Este, por sua vez, acabou sendo alvo de agressões verbais por parte de familiares do acidentado, que exigiam explicações e providências imediatas.
O SINSERM considera inaceitável o silêncio da Prefeitura e da EMDURB diante de um episódio tão sério, que envolve risco de morte e violação direta das normas de segurança do trabalho. Acidentes como este não são fatalidades, mas consequências previsíveis da omissão, da falta de fiscalização e do desrespeito às regras básicas de proteção do trabalhador.
O sindicato exige que o caso seja imediatamente investigado, com responsabilização dos gestores envolvidos, perícia técnica no local e suspensão imediata do uso de equipamentos irregulares. Também cobra da Prefeitura transparência total sobre o estado de saúde do servidor e sobre as medidas adotadas para garantir que tragédias como essa não se repitam nos espaços públicos municipais.