Em assembleia realizada na tarde desta sexta-feira (14), os servidores públicos municipais decidiram encerrar a greve, após 11 dias de paralisação. A decisão ocorreu após audiência de conciliação entre o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sinserm) e a prefeitura. Apesar da inflexibilidade da administração, que não acatou nenhum aspecto da última proposta apresentada pela categoria – 7,24% de reajuste para os vencimentos, vale-compras e abono pecuniário, mais abono de R$ 500,00 linear para todos os servidores, ativos e aposentados –, os trabalhadores optaram por retornar ao trabalho diante da iminente retaliação do Executivo, com aval do Judiciário.
Na mesa de negociação, a prefeita Suéllen Rosim pouco avançou. Condicionado ao encerramento da greve, ficou acordado 6% de reajuste salarial retroativo a janeiro e 10% de reajuste no vale-compras, retroativo a março – data base do dissídio. Além disso, os servidores não terão quaisquer descontos referentes aos dias de paralisação.
Ao longo da campanha salarial, o Sinserm tentou estabelecer diálogo com a chefe do Executivo tanto quanto foi possível. Após poucas reuniões e algumas propostas descartadas, Suéllen Rosim reforçou seu DNA autoritário e intransigente mais uma vez. Não avançou 1% desde o anúncio do reajuste, utilizando a Fundação de Previdência dos Servidores Públicos Municipais Efetivos de Bauru (Funprev) como escudo para esconder sua insensibilidade diante do trabalhador.
A categoria, por sua vez, deu um show de mobilização desde o primeiro instante. Foram dias de luta intensa, marcados por diversas atividades, falas emocionadas e suor no rosto. Saímos de cabeça em erguida e maiores do que entramos, com certeza. O movimento chamou atenção para inúmeros problemas além da desvalorização dos servidores, dialogou com a população e demonstrou a importância da categoria para a cidade.
Construímos um movimento forte, grande e plural. Nos reconhecemos enquanto irmãos de luta e encerramos a greve de maneira consistente. Seguimos em frente!