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Após denúncias do SINSERM, MP instaura procedimento para apurar abandono da EMEF Alzira Cardoso

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bauru e Região (SINSERM) informa à população e servidores que o Ministério Público Estadual, por meio do Promotor da Infância e Juventude, Dr. Lucas Pimentel de Oliveira, instaurou procedimento oficial para apurar a situação de abandono em que se encontra a EMEF Alzira Cardoso, no Jardim Chapadão. A unidade escolar, que teve duas salas destruídas por um incêndio em setembro de 2024, permanece parcialmente interditada até hoje e sequer teve os escombros removidos pela Prefeitura.

A instauração do procedimento pelo Ministério Público é consequência direta da pressão exercida pelo SINSERM, que desde o ano passado vem cobrando providências efetivas da administração municipal para garantir segurança, dignidade e condições adequadas de trabalho aos profissionais da unidade, bem como o direito à educação em ambiente adequado para as crianças.

Na última sexta-feira (11), durante audiência pública promovida pela Câmara Municipal para discutir a crise de segurança nas escolas, o sindicato voltou a denunciar o caso da EMEF Alzira Cardoso, como exemplo trágico do descaso da gestão Suéllen Rosim com a rede municipal de ensino. O advogado da entidade, José Francisco Martins, reiterou que o problema vai muito além da segurança patrimonial, atingindo diretamente a estrutura física das unidades, a saúde e o bem-estar de servidores e alunos.

O promotor Lucas Pimentel já sinalizou que, caso a Prefeitura siga inerte, poderá acionar o Centro de Apoio Técnico à Execução (CAEX) do Ministério Público para a realização de uma perícia detalhada no imóvel, o que poderá embasar futuras medidas judiciais contra o Município. A Prefeitura chegou a anunciar, ainda em 2024, a contratação emergencial de empresa para a recuperação da escola. Contudo, passados mais de 10 meses, nenhuma intervenção foi realizada.

O SINSERM continuará cobrando não apenas a recuperação completa da EMEF Alzira Cardoso, mas também a responsabilização da prefeita e de sua equipe pela negligência com a educação pública de Bauru. A omissão do governo municipal não pode ser naturalizada e a mobilização dos trabalhadores continuará até que todas as escolas sejam lugares seguros, íntegros e acolhedores.

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