O Projeto de Lei (PL) 83/23 que prevê a regulamentação do piso salarial do magistério e prejudica carreira dos professores foi retirado da pauta da Câmara Municipal de Bauru nesta sexta-feira (16) após pressão da categoria.

Os educadores estão em greve desde o 6 de fevereiro, desde que a prefeita Suéllen Rosim não atendeu a reivindicação dos profissionais, que, através do Sindicatos dos Servidores Públicos Municipais de Bauru (Sinserm) enviaram ao seu gabinete uma minuta de Projeto de Lei que contemplaria os anseios de todos.

Diante da comoção social causada pela greve e os ataques da prefeita Suéllen Rosim contra o movimento, a mesa diretora da Câmara Municipal decidiu pautar o PL 83/23, de autoria da prefeita Suéllen Rosim, nesta quinta-feira (15). Na ocasião, um mar de servidores tomou a calçada da Casa de Leis, onde realizaram a assembleia do dia.

Dentro do plenário ocorreram debates acalorados entre representantes do governo, do Sindicato, líderes do movimento grevista e parlamentares. Após um dia todo de discussões e manobras do Executivo para confundir e desmobilizar os trabalhadores, a sessão foi suspensa adentrando a noite de quinta-feira e retomada nesta sexta, às 13h.

Já na manhã desta sexta, os servidores se reuniram na sede do Sinserm deliberaram em Assembleia por não aceitar a redação do PL 83/23 e até que a chefe do Executivo não envie um texto para o Legislativo que atendem as reivindicações da categoria, a greve vai continuar. Este foi o recado transmitido pelo representante jurídico do Sinserm, José Francisco Martins, durante a Reunião Pública promovida nesta sexta pela Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara para discutir o assunto.

Na sessão ordinária a vereadora Estela Almagro (PT) solicitou prazo regimental para obter informações e o PL foi retirado da pauta. Portanto a greve do magistério está mantida até que nossas reivindicações sejam atendidas e os educadores valorizados de fato!