O Sinserm vem a público denunciar a publicação de um decreto da Secretaria Municipal de Educação que, de forma unilateral e autoritária, altera as regras das jornadas e dos níveis de Atividade de Trabalho Pedagógico (ATP) dos professores da rede municipal de Bauru. Essa decisão foi tomada sem nenhuma consulta ao sindicato ou à categoria, apesar das promessas feitas em reunião oficial.
Há poucos meses, em conversa com o Secretário Municipal de Educação, Nilson Ghirardello, e os diretores de departamento Cristiane Andreazza e José Vitor Fernandes, ficou acertado que o Sinserm e o Conselho Municipal de Educação participariam da elaboração do texto. No entanto, o que vimos foi o oposto: um texto imposto sem diálogo, com medidas que afetam diretamente a vida e o trabalho de centenas de profissionais da educação.
Essa atitude escancara a falta de compromisso da gestão Suéllen Rosim com a transparência, o diálogo e a valorização dos servidores. É lamentável que, em vez de construir políticas públicas em conjunto, o governo opte pelo caminho da imposição, ignorando quem realmente conhece a realidade da sala de aula e do trabalho pedagógico.
A publicação do novo decreto não só desrespeita os compromissos assumidos, mas também ignora as dificuldades práticas enfrentadas pelos professores, como as questões geradas pelas mudanças na jornada e a falta de condições adequadas para exercer a profissão. Ao mesmo tempo, reforça a política autoritária de um governo que se recusa a ouvir seus servidores e representantes.
O Sinserm repudia essa postura e alerta: esse tipo de comportamento só aumenta o desgaste entre os trabalhadores e a administração municipal. Não vamos aceitar que decisões sejam tomadas sem debate e sem respeito aos professores e demais trabalhadores da educação. Estamos do lado de quem constrói a educação pública todos os dias.