Nesta segunda-feira, na primeira sessão legislativa de 2022, a Câmara Municipal aprovou o Projeto de Lei (PL) nº 05/22, que prevê reajuste salarial de 10,06% e 25% de correção no vale-alimentação dos servidores públicos municipais.

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bauru e Região (Sinserm) protocolou ofício junto ao Legislativo e apelou aos vereadores que não aprovassem o PL até que todas as tratativas entre o Executivo e o sindicato fossem esgotadas.

Em reunião com a prefeita na última quarta-feira (2), entregamos a Pauta de Reivindicações dos servidores, onde solicitamos 15% de reajuste salarial e vale-alimentação no valor de R$ 750,00.

Na sexta-feira (4), Suéllen respondeu ao Sinserm e disse não concederia índices maiores do que os já previstos 10,06% no salário e 25% para o vale-alimentação. Mais uma vez, sem diálogo, a chefe do executivo se limitou a enviar seu posicionamento por escrito.

Ressaltamos que, os 25% no vale-alimentação não contempla os servidores aposentados, que já estão sendo penalizados de maneira cruel pela administração com a elevação da alíquota previdenciária. Por isso, inclusive, reivindicamos o aumento do abono pecuniário de R$ 374,00 para R$ 500,00 e o fim do teto.

É inadmissível que, com a previsão de superávit nas receitas dos próximos anos, a prefeita escolha cortar de maneira ainda mais profunda, justo a carne de quem contribuiu a vida toda para com o município.

Com a resposta da prefeita, agendamos a segunda assembleia de campanha salarial de 2022 para a próxima quinta-feira (10), com indicativo de greve. A categoria decidirá, na ocasião, quais serão os próximos passos da campanha.

Na plenária desta segunda-feira (7), a vereadora Estela Almagro fez uma retrospectiva desde o início das discussões sobre o dissídio deste ano e toda a truculência com a qual a prefeita desrespeitou não só esta entidade, como toda a categoria e o Poder Legislativo.

Suéllen pulou etapas, ignorou protocolos e utilizou das necessidades financeiras dos servidores para tentar dividir a categoria.

É com convicção nos ritos democráticos e na legitimidade das decisões deliberadas pelos trabalhadores, que realizaremos a assembleia nesta quinta, dia 10, para ouvir a categoria e seguir com a campanha salarial.