O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bauru (Sinserm) realizou uma nova Assembleia Geral de Campanha Salarial de 2024 nesta quarta-feira (13). Na pauta do dia, discussões sobre futuras ações da campanha, avaliação de eventual resposta do Poder Executivo sobre a Pauta de Reivindicações, autorização da categoria para o Sinserm firmar acordo coletivo e suscitar dissídio coletivo entre a Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e Rural (Emdurb) e a prefeitura, além de indicativo/deflagração de greve da categoria.
Na primeira Assembleia, realizada no dia 8 de fevereiro, os servidores definiram os seguintes índices a serem reivindicados:
* Reajuste salarial de 19,62% – 4,62% reposição inflacionária de 2023 segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mais 15% de modo que o menor salário pago pelo município (C1 da grade salarial) atinja o salário mínimo nacional;
* Vale-compras no valor de R$ 1.300,0;
* 19,62% no abono pecuniário – para os servidores que recebem o benefício –, passando de R$ 436,32 para R$ 521,92;
* Aplicação do IPCA de 2023 de 19,62% no teto do vale-transporte e do abono pecuniário, passando de R$ 3.253,49 para R$ 3.891,82;
* Incorporação dos abonos que hoje não são incorporados nos salários dos trabalhadores.
Percentuais estes a serem aplicados a partir de 1º de março de 2024.
Como é de praxe, o Sinserm encaminhou um ofício a Administração Municipal, solicitando reunião para entrega da Pauta. O documento, porém, não foi respondido e a chefe do Executivo enviou um Projeto de Lei (PL) para a Câmara Municipal sem no mínimo receber as reivindicações dos trabalhadores ou dialogar com o sindicato. Uma postura antissindical, de profundo desrespeito para com os servidores e esta entidade, nunca praticada em toda a história do município. O Sinserm chegou a publicar uma nota de repúdio sobre o ocorrido.
No PL enviado ao Legislativo, a prefeita Suéllen Rosim prevê o reajuste anual dos vencimentos em 5%, vale-compras de R$ 1.200,00 e reajuste do abono pecuniário para R$ 458,14 aos servidores que recebem até R$ 3.874,29. Benefícios que devem retroagir a 1º de janeiro de 2024.
Como a prefeita não respondeu à categoria até o momento, nesta quarta os servidores decidiram realizar ações que pressionem a chefe do Executivo a receber a Pauta de Reivindicações. Já na quinta-feira (14) a diretoria do Sinserm e um grupo de servidores compareceram à prefeitura e, na ausência da prefeita, foram recebidos pelo secretário de administração, Cristiano Zamboni e um assessor do gabinete. Eles se comprometeram a responder o sindicato até a próxima segunda-feira (18), já com uma data para reunião e entrega da Pauta.
Na próxima semana a diretoria do Sinserm comparecerá aos locais de trabalho, disponibilizando fitas pretas para os servidores que quiserem utilizá-las em protesto contra o desrespeito do Poder Executivo para com os trabalhadores. Em luto, mas em luta, para que nossos direitos sejam assegurados.