Em uma visita recente ao Horto Florestal, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bauru (Sinserm) flagrou a realidade alarmante enfrentada pelos trabalhadores que ali atuam. As condições de trabalho são subumanas e refletem o total abandono por parte da administração municipal, em uma situação que infringe os direitos laborais dos servidores e desrespeita a população que conta com os serviços públicos prestados.
Entre os problemas encontrados, a escassez de sanitários é uma das principais queixas. Para o número expressivo de servidores alocados no Horto, há pouquíssimos banheiros, que se encontram em estado crítico de conservação, sem estrutura adequada e com a manutenção negligenciada. É uma visão deplorável, insalubre. Os servidores são obrigados a usar instalações que mal conseguem suprir suas necessidades mínimas.
Além dos sanitários, o refeitório é outro ponto de preocupação. Inadequado para atender a quantidade de funcionários, o espaço destinado ao descanso e alimentação dos trabalhadores está em condições que desrespeitam qualquer princípio básico de dignidade no ambiente de trabalho. Os trabalhadores têm poucas opções para um momento de descanso e o que existe não atende a demanda. Eles não têm condições de almoçar adequadamente ou fazer a pausa a que têm direito.
Diante da precariedade evidente, o sindicato tentou dialogar com o diretor responsável, que afirmou que “algumas adequações” estão em curso. Porém, é nítido que os movimentos são lentos, pontuais e insuficientes. Não é possível observar melhorias concretas. O que vemos são ações paliativas que não trazem mudanças reais ao ambiente de trabalho. É flagrante o abandono por parte da prefeita Suéllen Rosim e da Secretária Municipal do Meio Ambiente, Gislaine Magrini.
Ao longo de todo o ano foram realizadas denúncias sobre problemas estruturais semelhantes em diversos órgãos públicos, além da constante falta de valorização dos servidores. Entretanto, até o momento, as respostas da administração municipal têm sido vagas, sem ações efetivas para sanar as deficiências apontadas. É o que chamamos de política de empurrar com a barriga. Eles falam em melhorias, mas, na prática, os servidores continuam sendo desrespeitados e expostos a condições de trabalho indignas.
Os efeitos desse abandono não recaem apenas sobre os servidores. A precarização do ambiente de trabalho reflete diretamente nos serviços prestados à população, que também é prejudicada pela falta de condições para que os servidores executem suas funções de maneira satisfatória. Sem infraestrutura adequada e enfrentando condições que comprometem sua saúde e bem-estar, os trabalhadores do Horto Florestal não conseguem atender às demandas dos cidadãos com a qualidade que se espera de um serviço público.
Mais um caso que evidencia uma gestão que, ao ignorar as necessidades estruturais básicas, demonstra desrespeito com os direitos dos trabalhadores. Exigimos que a administração municipal, em especial a prefeita Suéllen Rosim e a secretária Gislaine Magrini, trabalhem para que o Horto Florestal apresente condições minimamente aceitáveis. Está na hora de mais trabalho e menos publicidade.