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Com crise sanitária como cortina de fumaça, Suéllen sucateia Bauru e vira metralhadora para a saúde pública

Nesta terça-feira (15), o Sinserm se manifestou no Jornal da Cidade sobre o caos que a saúde pública de Bauru – abandonada por Suéllen e sua equipe – está enfrentando. Para aqueles que não têm acesso ao jornal, segue a íntegra de nosso posicionamento.

O "combate" à pandemia feito pela dobradinha Suéllen Rosim e Orlando Costa Dias se divide em duas realidades distintas: o mundo do faz de conta, alimentado por entrevistas fantasiosas e vídeos da prefeita blogueira anunciando uma realidade onde todos os esforços são feitos para salvar vidas, e o mundo real, de bauruenses mortos sem sequer conseguir um leito hospitalar para lutarem por suas vidas, onde a pandemia é empurrada com a barriga, vidas são tratadas como descartáveis e toda a estrutura de combate é sucateada e negligenciada.

No mundo real, o governo municipal se mantém fielmente abraçado às necrófilas políticas negacionistas do governo Bolsonaro. A gravidade da pandemia é friamente ignorada e o incentivo à "normalização da vida cotidiana" virou política cotidiana, mesmo que ao custo de centenas de vidas bauruenses. A abstração é tamanha que mesmo no auge da pandemia Suéllen determinou a liberação de praticamente todo tipo de comércio, promoveu show de inauguração de igreja e insistiu de todas as formas pelo retorno das aulas presenciais sem qualquer tipo de segurança para todos os envolvidos. Chegamos ao absurdo de presenciar a redução do número de ônibus de transporte coletivo ser anunciada como "medida de combate à crise sanitária", obviamente levando a ainda mais superlotação de passageiros e contaminações, o que ficará ainda pior com o anunciado retorno da rotina escolar.

Nas unidades de saúde, linha de frente no combate a pandemia, a realidade é ainda mais revoltante. Nossos heróis, aqueles que diariamente dão a vida para salvar as nossas e de nossos familiares, estão abandonados à própria sorte.

Mobiliários estão em situação de sucata. Materiais básicos para atendimento à população em falta. EPIs fornecidos são de péssima qualidade - trapos são entregues para cobrir e "proteger" os funcionários - muitas vezes em número insuficiente para todos. O resultado óbvio são diversas contaminações e falecimentos de trabalhadores dos mais diversos cargos. Colegas que entregaram tudo de si para salvar vidas.

Para os que sobrevivem e continuam com saúde suficiente para a luta diária permanecem o descaso e a falta de proteção adequada. Sequer contratações são feitas para repor as perdas e manter um número mínimo de funcionários atendendo à população.

Há cargos vagos, concursos vigentes e pessoas prontas para trabalhar apenas aguardando a convocação da prefeitura para tomar posse. Mas nada é feito. Não há qualquer vontade política do governo em solucionar o problema e preservar a qualidade do atendimento à população e, principalmente, a integridade física e emocional dos servidores na linha de frente. Para Suéllen e Orlando isto está longe de ser prioridade. Que os que ainda resistem em seus cargos se virem para manter o atendimento do jeito que for possível.

Enquanto isto, no universo de faz de conta criado pela Prefeitura, a solução mágica apresentada pelo governo é aumentar, na base da imposição, a jornada de trabalho dos já esgotados servidores lotados em Unidades Básicas de Saúde. Servidores, estes, que já estão trabalhando em jornadas extraordinárias aos sábados desde o início da pandemia, o que parece ainda não ser entrega suficiente para o Secretário. À imprensa, alegam que é um esforço necessário para acelerar a vacinação e salvar vidas.

Mas, fosse a preocupação do governo realmente acelerar a vacinação, porque então não criar um verdadeiro mutirão, convocando uma força tarefa com a mobilização de diversas entidades e setores da sociedade como, por exemplo, o tiro de guerra?

Realmente obrigar servidores já no limite de suas forças a trabalhar ainda mais é a solução mais lógica e inteligente?

Fica claro que, enquanto tenta vender a imagem de "esforço" pela vacinação, o objetivo do governo é terminar de esgotar a capacidade de atendimento da saúde pública municipal. Afinal, como justificar a tentativa de entrega da administração das UPAs para setores privados se tudo estiver funcionando?

A política de Suéllen é a mesma de Jair Bolsonaro. Destroem-se os bens públicos para entregá-los a preço de banana para apoiadores da iniciativa privada.

Bauru precisa se mobilizar em defesa da saúde pública e, principalmente, dos servidores que diariamente estão na linha de frente do combate à pandemia, arriscando suas vidas para que cada um de nós tenhamos a possiblidade de vencer esta crise. Eles são os verdadeiros heróis. Não permitam que discursos distorcidos como o do Secretário de Saúde e vice-prefeito à imprensa manchem tudo que estes servidores têm entregado à nossa sociedade.

Os verdadeiros vilões sempre estiveram no Palácio das Cerejeiras. Cada servidor que é contaminado ou cidadão que vai a óbito sem a chance de conseguir um leito em hospitais tem a assinatura de Suéllen Rosim e Orlando Costa Dias em seu atestado de óbito. São eles que negligenciaram as normas sanitárias e de distanciamento social, compraram equipamentos de proteção insuficientes e de péssima qualidade e não investiram sequer na manutenção do quadro de funcionários para atendimento à população.

As mortes em Bauru são frutos da política necrófila deliberadamente escolhida por Suéllen Rosim, rezando a cartilha negacionista do Governo Federal.

Defenda Bauru. Defenda a ciência. Defenda a vida de cada cidadão, especialmente daqueles que colocam a própria sobrevivência em risco para garantir a sua.

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