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Com mais de 2 mil servidores paralisados, Sinserm deflagra greve por tempo indeterminado

Os servidores públicos municipais de Bauru paralisaram as atividades nesta terça-feira (7). Mais de 2 mil trabalhadores de todas as secretarias e do Departamento de Água e Esgoto de Bauru (DAE) se reuniram na sede do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sinserm), localizada na Rua Engenheiro Saint Martin, 14-38, e caminharam até a prefeitura, onde discursaram contra os desmandos da prefeita Suéllen Rosim. Ao final da manhã, a categoria deliberou pela continuidade da paralisação por tempo indeterminado.

A paralisação é resultado da intransigência da prefeita Suéllen Rosim, que está em guerra com o Legislativo pela aprovação da concessão do tratamento de esgoto. O Projeto de Lei (PL) que prevê a entrega dos serviços do esgoto para a iniciativa privada tramita em regime de urgência e nenhum outro PL pode ser apreciado pela Câmara Municipal até que este seja votado. Com isso, os servidores estão sem a reposição inflacionária anual e outros projetos importantes para a cidade aguardam na fila.

Exigimos que a chefe do Executivo retire o carimbo de urgência do PL da concessão, de modo que os vereadores possam votar a reposição.

É importante lembrar que a data base do funcionalismo público municipal é dia 1º de março e, para evitar qualquer tipo de problema, o Sinserm convocou assembleia geral da categoria e iniciou a campanha salarial no início de fevereiro. A prefeita, no entanto, sequer recebeu a Pauta de Reivindicações elaborada pelos servidores e desde então recusa-se a dialogar com o sindicato. 

Repudiamos, reiteradamente, a maneira truculenta e antidemocrática com a qual Suéllen Rosim trata os trabalhadores. A prefeita acusa o sindicato de politizar a questão, mas foi ela quem se recusou a dialogar com a entidade e se tornou a primeira gestora da história da cidade a não receber as reivindicações da categoria. A mandatária enviou a revisão dos vencimentos de maneira unilateral para a Câmara, mas esta não chegou ao plenário já que a pauta da Casa de Leis está travada. O Sinserm trabalha incansavelmente pela valorização e melhores condições de trabalho para seus representados, de maneira independente e apartidária.

Enquanto isso, milhares de famílias aguardam a reposição da inflação com cada dia mais dificuldades. Tudo aumenta: contas de água, luz, aluguel, supermercado, menos o salário dos servidores. Suéllen brinca com a vida daqueles que fazem as engrenagens da cidade girar e isso não pode continuar. Seguiremos paralisados por tempo indeterminado, até que a prefeita nos trate com respeito e valorização.

A greve está deflagrada. Nos encontramos nesta quarta-feira (8), a partir das 8h, na sede do sindicato.


* O sindicato estará aberto a partir das 7h.

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