Nesta quarta-feira (2), o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bauru e Região (Sinserm), entregou a Pauta de Reivindicações dos servidores para a prefeita Suéllen Rosim. Em reunião apressada, a prefeita recebeu o documento, disse que analisaria junto à equipe de governo e responderia até, no máximo, na próxima terça-feira (8).
Ocorre que na segunda (7), os vereadores retornam às atividades parlamentares e, provavelmente, o Projeto de Lei (PL) que trata do reajuste salarial e vale-alimentação dos servidores volte ao plenário para apreciação.
O Sinserm interpreta a atitude da prefeita em não retirar o PL da Câmara como uma manobra para fechar as portas de negociação com o sindicato e a categoria. Suéllen conta com a aprovação do PL - que propõe 10,06% de reajuste salarial e 25% de correção no vale-alimentação - para que possa fechar a negociação com o sindicato e atropelar, mais uma vez, os ritos democráticos e as reivindicações legítimas da categoria.
A chefe do Executivo desrespeita, desta forma, os servidores públicos municipais, esta entidade sindical e a própria Câmara Municipal, ao jogar toda a responsabilidade para os vereadores.
Apelamos aos parlamentares que rejeitem o PL enviado por Suéllen ao Legislativo, para que toda a negociação sindical seja concluída e as reivindicações deliberadas em assembleia sejam soberanas.
O Sinserm protocola, nesta sexta-feira (4), um ofício na Câmara Municipal, solicitando a rejeição do PL até que toda a tratativa entre o Poder Executivo e a categoria, representada pelo sindicato, seja findada conforme protocolo.
Nada impede que após ouvir os servidores e estabelecer um diálogo realmente verdadeiro sobre o dissídio, a prefeita envie um novo Projeto de Lei para a Câmara, retroativo, inclusive, desde janeiro.
Não vamos aceitar manobras contra os servidores. A decisão da categoria deve ser soberana!