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CRAS Ferradura Mirim é tomado por alagamento e enfrenta condições precárias

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bauru (Sinserm) realizou, nesta sexta-feira (24), uma visita ao Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) Ferradura Mirim e constatou o alagamento de toda a unidade, o que tornou inviável a continuidade dos atendimentos à população e impossibilitou o trabalho dos servidores. A situação é mais um reflexo das condições precárias enfrentadas diariamente no local.

Segundo relatos dos trabalhadores, o problema não é um caso isolado. Além do alagamento ocorrido, o CRAS Ferradura Mirim acumula uma série de dificuldades históricas que comprometem o bem-estar dos servidores e o atendimento às mais de 14 mil famílias referenciadas, um número quase três vezes superior ao limite recomendado de 5 mil famílias por unidade.

Entre os problemas estruturais, destacam-se:

• Falta de infraestrutura básica: Apenas um banheiro é disponibilizado para toda a equipe, e não há banheiros para a população. Materiais de construção para a instalação de um novo banheiro estão vencidos e armazenados há mais de um ano.

• Risco à saúde: Adoecimento de servidores é frequente, agravado pelo calor excessivo e anos sem limpeza da caixa d’água.

• Segurança comprometida: Fios expostos colocam em risco trabalhadores e usuários.

• Falta de recursos: A unidade conta com pouquíssimos materiais para desenvolver atividades em grupo e oferta insuficiente de viaturas para atender as demandas externas.

• Espaço inadequado: Há apenas uma sala para atendimentos com sigilo, incompatível com a alta demanda do CRAS.

• Sobrecarga e falta de suporte: A equipe enfrenta sobrecarga de trabalho, falta de planejamento, ausência de política de educação permanente e desrespeito nas relações hierárquicas. Além disso, atribuições de cargos inexistentes, como o de coordenador de CRAS, são uma realidade que só agrava a desorganização.

Além das condições precárias, episódios recentes também expõem o abandono da unidade, como o funcionamento em condições degradantes, entre 14 e 20 de janeiro, quando o CRAS ficou sem energia elétrica. O encerramento inesperado do projeto CRAS Itinerante, que beneficiava populações em áreas remotas, é outro exemplo do descaso.

A falta de investimentos no CRAS Ferradura Mirim é reflexo da ausência de prioridade para a assistência social no município, um serviço essencial para garantir os direitos da população mais vulnerável. O Sinserm segue monitorando a situação e está mobilizando os servidores para exigir melhorias imediatas. A denúncia será levada aos órgãos competentes e amplamente divulgada, reforçando a luta pela valorização do serviço público.

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