Na noite desta terça-feira (20), o vereador Junior Lokadora esteve na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Bela Vista e fez o que a prefeita Suéllen Rosim se recusa a fazer: enfrentou a realidade. Por volta das 20h, o parlamentar registrou uma cena inaceitável: mais de 40 crianças aguardavam atendimento com apenas dois médicos pediatras para toda a demanda. Um cenário revoltante, desesperador — e criminoso.

“Como que dois pediatras vão dar conta de 40 crianças?”, questionou Lokadora. E se houver uma intercorrência grave? Quem se responsabiliza?

O Sinserm já denunciou, repetidamente, o colapso da saúde pública em Bauru. A situação não é novidade. O que espanta é a frieza, a omissão e a desfaçatez da prefeita, que prefere posar para fotos e vídeos do que encarar os problemas da cidade. Em vez de contratar médicos e reforçar as equipes, Suéllen Rosim finge que tudo vai bem — uma maquiagem grosseira sobre uma ferida aberta.

Recentemente, a Prefeitura anunciou com estardalhaço a ampliação do horário das Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Outra mentira. As UBS continuam com escassez de profissionais. Estender horário sem contratar mais servidores é empurrar o problema de um lado para outro. Nada se resolve — tudo se agrava.

O pior é que sempre sobra para quem está na ponta: o servidor público, que precisa dar a cara a tapa, trabalhar sem apoio, ouvir reclamação da população e ainda lidar com a humilhação de uma gestão que não valoriza o funcionalismo.

O vereador Lokadora também lembrou, com razão, que a universidade Uninove firmou contrapartida com o município no valor de R$ 28 milhões. E a pergunta é inevitável: com todo esse dinheiro, por que a Prefeitura não contrata mais médicos? Por que não abre novos pontos de atendimento? Por que não garante dignidade ao povo bauruense?

A resposta é uma só: falta vontade política. Falta prioridade. Falta vergonha na cara.

Promessas, propaganda e covardia: Enquanto as crianças esperam atendimento por horas, a prefeita Suéllen Rosim continua investindo pesado em marketing. Em vez de resolver os problemas da cidade, ela gasta tempo e recursos fazendo propaganda enganosa — vendendo uma cidade fictícia em suas redes sociais.

Promete hospital municipal, terceiriza UPA para fazer vitrine, mas a situação só piora. A prefake vive de publicidade, mas a verdade aparece nas filas, nas salas de espera, nas unidades colapsadas.

Do jeito que a coisa vai, se continuar nessa escalada de omissão e cinismo, Suéllen Rosim vai ter que acumular os cargos de prefeita e coveira — enterrando de vez o que resta da saúde pública na cidade.

O Sinserm exige providências urgentes. Não vamos permitir que o povo seja tratado como gado em fila de abate. Cada vida importa. Cada servidor merece estrutura. E cada irresponsável terá que prestar contas.