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Em Reunião Pública, Sinserm protesta contra terceirização da UPA Mary Dota

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bauru (Sinserm) participou nesta quarta-feira (13) de uma Reunião Pública na Câmara Municipal, promovida por iniciativa do vereador Junior Lokadora (PP), presidente da Comissão de Meio Ambiente, Higiene, Saúde e Previdência, para tratar sobre a terceirização da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Núcleo Mary Dota.

Além do Sinserm, participaram membros do Conselho Municipal de Saúde, servidores públicos, parlamentares da Casa de Leis e representantes do Poder Executivo – como a secretária de saúde, Giulia Puttomatti e o secretário de finanças Everton Basílio.

Desde o início das tratativas sobre a possível terceirização da UPA Mary Dota, do Pronto Socorro Central (PSC) e do Centro por Imagem de Bauru (CDIB), o sindicato é contra o processo. Isso porque a história mostra quão desastrosas foram as terceirizações na cidade – precarização dos serviços prestados, conflitos de interesses, desequilíbrio orçamentário e déficit no sistema previdenciário municipal são alguns dos efeitos colaterais.

O déficit no Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) é um ponto importante a ressaltar, já que a Fundação de Previdência dos Servidores Públicos Municipais Efetivos de Bauru (Funprev) enfrenta grandes desafios para equalizar o déficit do sistema. Uma das soluções apontadas pelos especialistas é a contratação de profissionais, que contribuíram para Fundação e consequentemente auxiliariam no equilíbrio das contas. Com a terceirização dos serviços, a contração da mão de obra é feita via iniciativa privada e o problema da previdência – que preocupa todo o funcionalismo público – persiste.

O representante jurídico do Sinserm, José Francisco Martins, indagou sobre a quem a terceirização atende, uma vez que a transferência dos servidores que hoje trabalham na UPA Mary Dota vai causar transtornos tanto na vida deles quanto na dos pacientes. Ele também pontuou que a terceirização da UPA marca o início de um projeto que deve privatizar as demais unidades. Francisco ainda criticou a falta de diálogo da Administração Municipal para com o sindicato e o Legislativo sobre a questão.

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