Notícias

Educação

EMEF Santa Maria: por fora bela viola, por dentro pão bolorento

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipal de Bauru (Sinserm) compareceu a Escola Municipal de Ensino Fundamental Santa Maria, para verificar as condições de trabalho no prédio recém inaugurado.

Apesar do que vem sendo anunciado pela prefeita Suéllen Rosim em vídeos na internet, a situação não é boa. Não há profissionais suficiente para atender toda a demanda da escola, não há acessibilidade, falta água todos os dias (pelo menos três vezes ao dia) e não existe cópia do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) no prédio.

A escola tem um problema crônico com a presença de pombos que moram na edificação. Eles causam sujeira de maneira intensa e constante, ameaçando a saúde dos funcionários e alunos. Os excrementes caem, inclusive, dentro dos bebedouros. As serventes retiram as fezes dos animais todos os dias sem os devidos EPIs. A secretaria da Educação, mesmo ciente do problema, ainda não disponibilizou máscaras padrão N95/PFF2 para proteger os profissionais. 

Outro ponto que chama bastante a atenção é a falta d'água. Segundo os funcionários, toda a comunidade escolar sofre sem o recurso hídrico, que falta todos os dias, ao menos três vezes ao dia. Uma situação insustentável, principalmente se considerada as ondas de calor que atingiram o município nas últimas semanas.

A pressa para inaugurar a escola antes do final do ano, encorajou a prefeita a fazê-lo sem a acessibilidade necessária, obrigando uma das professoras – que possui deficiência física – a subir escadas algumas vezes ao dia para chegar a sala dos professores. O local onde deveria ser instalado um elevador segue escondido por tapumes, sem previsão de conclusão da obra. 

Questionada sobre o quadro de funcionários, a diretora da unidade foi enfática ao dizer que precisa de pelo menos o dobro das serventes que trabalham na escola. Além disso, apenas um ajudante geral está alocado no Santa Maria. Um senhor com mais de 60 anos que trabalha sobrecarregado todos os dias.

O Sinserm encaminhou ofício a secretaria municipal da Educação solicitando respostas e prazos para a resolução de cada um dos problemas apontados e aguarda um posicionamento do secretário Nilson Ghirardello.

Compartilhe: