Nesta semana os diretores do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bauru e Região (Sinserm) visitaram obras de unidades escolares que estão paralisadas no município.
Enquanto a Secretaria da Educação gasta quase R$ 35 milhões em aquisições de novos imóveis – sem atender aos critérios adequados para desapropriação dos mesmos –, as reformas seguem sem previsão de conclusão e os alunos são deslocados para unidades distantes de seus alugadas, distante de seus domicílios e com instalações improvisadas.
Além do aluguel destes imóveis representarem um custo significativo para a administração, a logística de transporte dos alunos eleva ainda mais os gastos, além de interferir na rotina das famílias. Tudo pago com o dinheiro do contribuinte.
Um dos imóveis que a secretaria pretende adquirir, inclusive, encontra-se próximo a um posto de gasolina – um tipo de estabelecimento que, segundo a legislação, precisa resguardar certa distância de unidades escolares. Além do alto investimento na desapropriação do prédio, haveria, portanto, irregularidade caso a Pasta decidisse transformá-lo em uma escola.
Não há razoabilidade em adquirir novos imóveis, com gasto elevado de dinheiro, uma vez que as unidades escolares existentes estão abandonadas e em estado de deterioração.
Diante disso, é importante ressaltar que há, na Câmara Municipal, um pedido de abertura de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI), para que o Legislativo possa apurar os critérios adotados para a compra dos novos imóveis.
Não podemos permitir que a administração se distancie do interesse público e privilegie quaisquer grupos ou pessoas beneficiadas com as referidas aquisições. Seguiremos vigilantes para garantir que tanto a comunidade, quanto os servidores, contem com aparelhos públicos adequados, que ofereçam condições satisfatórias de trabalho e aprendizado.