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Estaria o DAE emergindo de águas profundas?

Na última quarta-feira (12), o Sinserm se reuniu com o presidente do Departamento de Água e Esgoto (DAE), Marcos Saraiva, para apresentar demandas reivindicadas pelos servidores e obter respostas. Surpreendentemente, a reunião foi positiva e todos os itens da lista apreciados e respondidos pelo presidente da autarquia. Após anos sem conseguir estabelecer diálogo direto com os dirigentes do DAE, esperamos que as próximas reuniões sejam tão produtivas quanto esta, com portas abertas e conversa franca para ouvir a categoria. Confira abaixo os assuntos discutidos e o posicionamento de Saraiva para cada um deles.

ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE

De acordo com Marcos Saraiva, foi designada uma técnica em segurança do trabalho que, sob supervisão do médico do trabalho do DAE, está verificando setor a setor, a questão dos adicionais. Segundo ele, o foco do levantamente, neste momento, são os funcionários novos e as avaliações seram feitas em várias visitas para que não corra o risco de qualquer servidor ficar sem os adicionais.

TUBULAÇÕES PARADAS NO DAO

Há anos os servidores apontam para a gravidade da situação em que se encontram tubulações paradas no Departamento de Apoio Operacional (DAO), expostas ao sol e sem o devido acondicionamento. Questionado pelo Sinserm, o presidente do DAE disse que estas tubulações serão utilizadas na construção da nova rede que interligará a estação de captação para o tratamento de água. Saraiva completou que, as peças e sucatas que não puderem ser aproveitadas nas obras, serão vendidas a fim de gerar receita e limpar o espaço. Ele que está em processo de licitação a contratação de uma empresa para produzir inventário e posteriormente realizar as vendas.

GALPÃO PARA ARMAZENAMENTO E RECICLAGEM DE TERRA SECA

Outra reivindicação antiga dos servidores é por um espaço para que se possa armazenar e reciclar a terra seca utilizada nas manutenções. O DAE está finalizando a negociação com a empresa Arco para a liberação de um galpão para este fim, entretanto, o espaço não apresenta as condições ideais. Diante disso, a autarquia negocia também com a Rumo, que possui um galpão de área maior e apresenta os pré-requesitos necessários para o armazenamento da terra.

CIPA

A CIPA está paralisada desde o início da pandemia de Covid-19, mas, de acordo com Saraiva, os trabalhos da Comissão são fundamentais e deve ser reativada assim que as condições sanitárias permitirem – observando os protocolos de distanciamento social e biossegurança.

COMPRA DE FERRAMENTAS

Conforme apurado pelo sindicato, a licitação para compra de ferramentas para o DAE foi fracassada na gestão municipal anterior, portanto, uma nova licitação está sendo preparada. O presidente se queixou da burocracia para abertura de licitações e compra de equipamentos, um entrave para providenciar as ferramentas necessárias.

MACACÕES PARA SEMI-SUBMERSOS

Atualmente, o DAE conta com macacões específicos para os servidores que trabalham na rede de esgoto, mas estes equipamentos são demasiadamente pesados e dificultam o trabalho daqueles servidores que desempenham atividades na rede de águas. A reclamação da base é a de que eles trabalham sem macacões e a temperatura da água é muito baixa – por estar abaixo do solo e sem contato com o sol. Apresentada a demanda para o presidente do DAE, Saraiva destacou que novos macacões estão sendo providenciados. Apesar deste novo modelo não possuir uma durabilidade tão longa quanto aqueles utilizados na rede de esgoto, ele permitirá que os servidores trabalhem confortavelmente.

ATENDIMENTO NO SETOR DE SEGURANÇA DO TRABALHO

Uma grande reclamação dos funcionários do DAE é sobre o horário de atendimento impeditivo do setor de segurança do trabalho. Atualmente o setor funciona das 7h30 às 8h30 e das 13h às 14h, o que dificulta a logística para que os EPIs sejam retirados pelos servidores. Para solucionar a questão, a autarquia estuda delegar a distribuição dos itens para a chefia de cada setor, deste modo os trabalhadores não precisarão se desgastar com deslocamentos desnecessários.

VIGILÂNCIA E MONITORAMENTO DAS REGIONAIS

O DAE estuda a implantação de um alarme silencioso nas regionais, poços e reservatórios para que, caso haja invasão, a polícia seja acionada sem nenhum alarde no local onde o crime estiver sendo praticado e assim seja possível que os policiais flagrem a ação. Após a contratação deste serviço, o presidente do DAE diz que os locais que hoje apresentam falta de iluminação por conta de furtos, serão reparados e o novo sistema de monitoramento deve impedir novas ações criminosas.

CONSERTO DE VEÍCULOS

Os servidores reclamam que há inúmeros veículos – inclusive novos –, parados no DAO. Questionado sobre a situação, Saraiva disse que, para aqueles que encontravam-se paralisados por falta de peças de baixo custo, foi realizada licitação, compra e reparo dos mesmos. Com isso, 27 veículos voltaram às ruas. O presidente pontuou, entretanto, que uma pá carregadeira e outra máquina de grande porte continuam no pátio do DAO. Segundo ele, o motivo é que as peças necessárias para a reforma destes maquinários são de alto custo e a autarquia avaliava o custo-benefício do conserto. Verificada a viabilidade dos reparos diante dos preços para aquisição de máquinas novas, estas também serão reformadas.

O presidente aponta ainda que o DAE está reunindo esforços para que sejam feitas melhorias tanto para os servidores quanto para a cidade no que se refere, principalmente, à falta d'água. Ao longo de toda a conversa, Saraiva demonstrou afinco na melhoria dos serviços públicos ofertados pelo Departamento, sem nenhuma inclinação para o discurso privatista.

O DAE É NOSSO E NÃO ABRIREMOS MÃO DELE!

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