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Greve: servidores ocupam Av. Duque de Caxias e fazem ato na Cerejeiras

Os servidores públicos municipais de Bauru ocuparam a Av. Duque de Caxias nesta quarta-feira (8), em manifestação pela retirada do regime de urgência do Projeto de Lei (PL) de autoria da prefeita Suéllen Rosim, que prevê a concessão do tratamento de esgoto do município para a iniciativa privada. A reivindicação motivou os trabalhadores a deflagrarem greve por tempo indeterminado na última terça-feira (7), após inúmeras tentativas de diálogo com o Poder Executivo.

Os trabalhadores se reuniram na sede do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sinserm) a partir das 8h e decidiram caminhar até a sede da prefeitura, na Praça das Cerejeiras, a fim de chamar a atenção da população para a importância do movimento. Os grevistas fizeram o percurso do sindicato à prefeitura pela Av. Duque de Caxias, ocupando uma das principais vias da cidade com palavras de ordem e discursos de conscientização – ato importante para a categoria, já que a chefe do Executivo insiste em colocar a população contra os trabalhadores através de seus vídeos na internet.

Ao chegar à prefeitura, trabalhadores de todos os setores da prefeitura utilizaram o microfone para demonstrar indignação e fazer apelos por valorização profissional, melhores condições de trabalho e, principalmente, pela retirada do regime de urgência do PL da concessão. Ao final da manifestação, o movimento deliberou pela continuidade da greve nesta quinta-feira (9).

Os servidores que têm filhos poderão trazê-los para o sindicato, onde ficarão seguros para que os responsáveis possam aderir à greve. Os trabalhadores também podem trazer panelas e outros objetos que façam barulho, para realizarmos um ‘panelaço’. Pedimos que não esqueçam suas garrafinhas para beber água, uma vez que a categoria deliberou por doar os fardos de água do sindicato à população do Rio Grande do Sul.

CONTEXTO

A paralisação é resultado da intransigência da prefeita, que está em guerra com o Legislativo pela aprovação da concessão do tratamento de esgoto. O Projeto de Lei (PL) que prevê a entrega dos serviços do esgoto para a iniciativa privada tramita em regime de urgência e nenhum outro PL pode ser apreciado pela Câmara Municipal até que este seja votado. Com isso, os servidores estão sem a reposição inflacionária anual e outros projetos importantes para a cidade aguardam na fila.

Exigimos que a chefe do Executivo retire o carimbo de urgência do PL da concessão, de modo que os vereadores possam votar a reposição.

É importante lembrar que a data base do funcionalismo público municipal é dia 1º de março e, para evitar qualquer tipo de problema, o Sinserm convocou assembleia geral da categoria e iniciou a campanha salarial no início de fevereiro. A prefeita, no entanto, sequer recebeu a Pauta de Reivindicações elaborada pelos servidores e desde então recusa-se a dialogar com o sindicato.

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