Na última sexta-feira (10), participamos, a convite da vereadora Estela Almagro, da reunião da Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara Municipal de Bauru.

Além do sindicato, participaram também representantes do Conselho Municipal de Educação e os secretários Everton Basílio, de Finanças, e Maria do Carmo Kobayashi, de Educação.

Questionamos incisivamente a intenção da secretaria de educação em adquirir dois imóveis - avaliados em quase R$ 10 milhões -, enquanto foge à responsabilidade de utilizar as ‘sobras’ do orçamento para pagar o abono aos servidores.

A vereadora Estela ressaltou que pode, inclusive, barrar as aquisições judicialmente, caso a pasta não justifique suas devidas finalidades.

O representante jurídico do Sinserm, José Francisco Martins, lembrou que adquirir imóveis próximo ao prazo máximo previsto em lei para liquidar o orçamento, é uma estratégia antiga das administrações. O que nos causa mais indignação, é observar que os problemas da Educação municipal continuam a ser negligenciados, mesmo com dinheiro em caixa para resolvê-los.

É absurdo que, em meio à obras paralisadas, prédios interditados, falta de profissionais na rede de ensino e baixas remunerações, a gestão da prefeita Suéllen Rosim e da secretária Kobayashi, considere a aquisição de imóveis - sem explicações - como uma prioridade de governo.

Outra perplexidade manifestada amplamente pelos servidores da Educação e levada à reunião pelo sindicato, é a compra, em grande escala, de produtos não solicitados pelas equipes - em alguns casos sem previsão pedagógica -, sem qualquer diálogo com os profissionais que conhecem, de fato, as necessidades de cada unidade.

A secretaria da Educação disse, na ocasião, que o Executivo deve enviar um Projeto de Lei para a Câmara, a fim de realizar o pagamento do abono aos servidores. Na manhã desta segunda-feira (13), o Sinserm acompanha, a convite da presidente da Comissão, Estela Almagro, a visita do colegiado à secretaria para obter maiores informações sobre o orçamento da Educação.