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Mais um ataque ao patrimônio público de Bauru: Câmara aprova empréstimo de R$ 40 milhões para obras do DAE

(Foto: Divulgação/Câmara Municipal de Bauru)

Na tarde desta segunda-feira, 1º, a Câmara Municipal de Bauru aprovou, por 15 votos a 4, o Projeto de Lei nº 67/2025, que autoriza a Prefeitura a contrair um empréstimo de R$ 40 milhões junto à Caixa Econômica Federal para financiar obras de infraestrutura do Departamento de Água e Esgoto (DAE).

A decisão revela, mais uma vez, a aliança imoral da gestão Suéllen Rosim (PSD) com interesses políticos e empresariais, em detrimento da boa gestão do patrimônio público. Ao invés de apresentar um plano consistente de fortalecimento da autarquia, o governo opta por endividar ainda mais o município, abrindo caminho para a precarização dos serviços e para o desmonte gradual do DAE – o que vem sente alertado insistentemente pelo SINSERM.

Durante a tramitação, vereadores da oposição e independentes apresentaram emendas para limitar os riscos do empréstimo e garantir que os recursos fossem aplicados em poços e reservatórios de água. Todas as emendas foram rejeitadas pela base governista, revelando a blindagem política construída em torno da prefeita.

Curiosamente, a própria prefeita apresentou, dias depois, uma mensagem modificativa incorporando parte do que já havia sido sugerido nas emendas rejeitadas, um gesto que evidencia o cinismo e a manipulação que envolveram o processo. Até mesmo a emenda que buscava impedir a privatização do DAE durante o período de carência do empréstimo foi derrotada, escancarando a real intenção da administração: manter a porta aberta para entregar a autarquia ao setor privado.

O SINSERM denuncia que esta operação de crédito, vendida como solução milagrosa, nada mais é do que a repetição de uma prática já conhecida na gestão Suéllen Rosim: transferir os custos para as futuras gerações e favorecer grupos econômicos, enquanto servidores e população arcam com o peso da má gestão.

Enquanto o governo insiste em contrair dívidas milionárias, trabalhadores do serviço público enfrentam defasagem salarial, sobrecarga de trabalho e sucateamento das condições de atendimento. A autarquia que deveria ser fortalecida para garantir o direito básico ao acesso à água corre sério risco de ser enfraquecida e transformada em alvo de privatização.

O sindicato reafirma sua posição firme contra as tentativas de endividamento irresponsável e de enfraquecimento do serviço público. Reiteramos o que já denunciamos em outras ocasiões: a gestão Suéllen Rosim é marcada pela irresponsabilidade fiscal, pela imoralidade na condução dos recursos públicos e pelo alinhamento aos interesses de grupos privados, em detrimento da coletividade.

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