Patrimônio público largado às traças é reflexo do descaso e da lógica privatista da prefeita Suéllen Rosim
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bauru e Região (Sinserm) realizou nesta terça-feira (27) uma visita técnica ao Recinto Mello Moraes, onde está instalada a sede da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento (SAGRA). O que os diretores do sindicato encontraram por lá é mais um retrato do abandono e do sucateamento promovido pela atual gestão municipal.
Diversas máquinas e veículos que pertencem à pasta estão parados, enferrujando sob sol e chuva, resultado de negligência falta de manutenção. Tratores, retroescavadeiras e caminhões agrícolas estão, literalmente, se deteriorando a céu aberto. Muitos desses equipamentos poderiam estar sendo utilizados para melhorar as condições de trabalho dos servidores e ampliar os serviços públicos prestados à população, especialmente na zona rural e nos programas de abastecimento. Em vez disso, foram jogados num verdadeiro cemitério de máquinas.
Trata-se de um escândalo silencioso: equipamentos caros, comprados com recursos públicos, estão sendo tratados como lixo. E isso não é falta de verba. É opção política.
A face mais cruel do governo Suéllen Rosim revela-se justamente nesses momentos. A destruição do patrimônio público é o passo inicial para justificar a venda para a iniciativa privada posteriormente. Entra em cena a velha estratégia de sucatear para privatizar. O que se vislumbra é um projeto de cidade em que os bens coletivos são abandonados até se tornarem inúteis – e, assim, vendidos a preço de banana para a iniciativa privada.
Enquanto isso, não falta dinheiro para o aumento de salários do alto escalão, para a criação de secretarias e cargos de confiança que funcionam como cabides de emprego para aliados políticos e familiares. Mas quando se trata de garantir a manutenção do que é do povo, a conta nunca fecha.
O Sinserm repudia veementemente essa postura irresponsável e exige providências imediatas para recuperar os equipamentos da SAGRA. Defender o patrimônio público é defender a cidade, os servidores e a dignidade da população bauruense. E é isso que o sindicato continuará fazendo, com coragem e compromisso.