O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bauru (Sinserm) compareceu à Sessão Ordinária da Câmara Municipal nesta segunda-feira (18), para acompanhar os desdobramentos acerca do Projeto de Lei (PL) que visa entregar o tratamento de esgoto do município para a iniciativa privada. O PL, no entanto, não chegou a ser apreciado já que os vereadores iniciaram uma acalorada discussão logo na abertura dos trabalhos e, após uma hora de confusão, a sessão foi encerrada.
Isso porque oito parlamentares protocolaram, nesta segunda, um pedido de destituição da Mesa Diretora da Casa de Leis, formada pelos vereadores Junior Rodrigues (presidente, PSD), Markinho Souza (primeiro secretário, PSDB) e Miltinho Sardin (segundo secretário, PRD). O documento foi assinado por Eduardo Borgo (Novo), Estela Almagro (PT), Guilherme Berriel (MDB), Pastor Bira (Podemos), Coronel Meira (União Brasil), Chiara Ranieri (União Brasil), José Roberto Segalla (União Brasil) e Júnior Lokadora (PP), que contestam a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) ajuizada na semana passada pelos membros da Mesa, que resultou na derrubada do dispositivo da Lei Orgânica que diz que a terceirizações de serviços públicos depende da aprovação da maioria qualificada da Câmara (12 votos).
Um golpe baixo, orquestrado pelo governo Suéllen Rosim, que se desespera ao perceber que não tem os votos necessários para aprovar o PL da Concessão. Após travar a cidade e impedir que projetos importantes fossem votados, a chefe do Executivo e seus aliados mudaram de estratégia, alternando da chantagem para a tirania. Os lacaios da prefeita rasgaram o regimento interno sem pensar duas vezes, ávidos pela concessão e seus interesses particulares. Sem considerar que, em pleno ano eleitoral, quem vai pagar essa conta é a população.
Nesta segunda a Câmara de Bauru viveu um dos episódios mais emblemáticos de sua história, marcado pela truculência do presidente Junior Rodrigues e da massiva presença de policiais militares, mas também pela resistência do povo. Mais um feito impressionante da gestão de Suéllen Rosim: unir esquerda e direita, todos contra os demandos de seu governo. Ao contrário da narrativa que foi impetrada na imprensa, o que se viu não foi um movimento homogêneo ou ideológico, mas uma reação legítima da sociedade civil contra o desmonte do patrimônio público.