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Não podemos mais esperar, não aguentamos mais sofrer. A saúde de Bauru está acabando

O sistema público de Bauru enfrenta um dos piores momentos de sua história. A situação nunca foi tão crítica nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Superlotação nos corredores, falta de profissionais e leitos, ausência de estrutura básica para prestar atendimento à população e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) de qualidade marcam o colapso de saúde vivido pelo povo e pelos servidores diariamente.

Na semana em que o Brasil alcançou 500 mil mortes por Covid-19 e Bauru supera os 1.000 óbitos pela doença, a administração da prefeita Suéllen Rosim e do secretário de saúde, Orlando Costa Dias, está paralisada diante dos desafios impostos pela pandemia. Sem conseguir encontrar soluções para os problemas, Suéllen e Orlando manobram as narrativas e escondem o real cenário para os meios de comunicação e para a população... Quem vê as entrevistas concedidas pelo secretário e pela prefeita, imagina que tudo corre bem ou que pelo menos existe um plano para a contenção da terceira onda de Covid.

Entretanto, os servidores que vivenciam o dia-a-dia das unidades, bem como os bauruenses que dependem do serviço público sabem que o posicionamento oficial da gestão municipal não reflete a realidade. Os profissionais de saúde estão esgotados, cumprindo jornadas desumanas, convocados para cumprir plantões fora do horário de trabalho sem opção de recusa. Já a população padece nas filas intermináveis – e em muitos casos, mesmo após muito aguardar, não recebem o atendimento adequado por falta de condições básicas.

Salta aos olhos observar que este governo, coordenado por uma prefeita que fez carreira como jornalista e gosta tanto de promover lives na internet, não consegue se comunicar com os servidores que estão na linha de frente da saúde para encontrar, juntos, as soluções que os bauruenses tanto anseiam. Sem ouvir aqueles que conhecem os desafios diários das unidades, a prefeitura não vai conseguir solucionar o colapso de cima pra baixo. Resta-nos saber se tal limitação é resultado da falta de experiência da prefeita ou resume-se na vontade político-ideológica de promover o desmonte do serviço público.

O fato é que a população de Bauru está morrendo e os servidores adoecendo – física e psicologicamente. Diante dos gritos de socorro, tanto Suéllen quanto Orlando não demonstram preocupação ou disposição para enfrentar as questões com a responsabilidade que estas demandam. Em tempo, o despreparado de ambos para lidar com um sistema tão complexo quanto o de Bauru fica cada dia mais evidente.

Não podemos mais esperar, não aguentamos mais sofrer. Este é um momento que exige união e organização de toda a categoria e o Sinserm não ficará inerte. O sindicato promove, nesta quarta-feira, uma reunião com o secretário municipal de saúde, Orlando Costa Dias, para questionar quais serão os próximos passos adotados pela pasta para solucionar definitivamente os problemas da saúde. Reiteramos ainda, o apoio incondicional a toda mobilização dos servidores por melhores condições de trabalho... Nosso WhatsApp está à disposição para ouvir e orientar a categoria: (14) 99132-3034.

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