Falta de insumos nas UPAs escancara o colapso da saúde pública em Bauru: uma gestão sem coração, sem planejamento e sem vergonha
Após denúncias graves recebidas por servidores da saúde, o Sinserm percorreu todas as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e o almoxarifado da Secretaria Municipal de Saúde. O que constatamos não é apenas resultado de incompetência — é reflexo direto de uma gestão cruel, desumana e descomprometida com a vida das pessoas. A saúde de Bauru está sangrando. E a culpa tem nome e sobrenome: Suéllen Rosim.
Luvas, álcool, cateteres: está faltando tudo. Em pleno 2025, não há luvas adequadas em todas as unidades. Os servidores precisam improvisar, usar tamanhos errados ou comprar com o próprio dinheiro — principalmente os modelos sem pó, indispensáveis para quem tem alergia. Não bastasse o salário defasado, agora os trabalhadores também têm que bancar os insumos.
O álcool 70% desapareceu, e o pouco que restou do álcool 92% não dura mais que alguns dias. Os profissionais já sabem: a qualquer momento, a rede fica totalmente sem proteção básica. A grade de cateter para punção venosa está incompleta há meses. Faltam tamanhos essenciais. Não há sabonete líquido. Não há hipoclorito. Faltam materiais básicos para manter higiene, segurança e dignidade.
A saúde pública de Bauru virou um campo de guerra. E os soldados são os servidores, que continuam atendendo por puro senso de responsabilidade. Porque da Prefeitura, não vem nada além de descaso. Nas UPAs, virou rotina o remanejamento de insumos entre setores e unidades, numa tentativa desesperada de não deixar a população desassistida. A pergunta que ecoa em cada plantão é: “o que vai acabar hoje?” Essa é a política de saúde da gestão Suéllen: o improviso, o risco e a negligência.
O almoxarifado está entregue às moscas
No almoxarifado da saúde, o retrato do abandono: gôndolas vazias há meses. Nenhum sinal de reposição. Nenhuma perspectiva de melhoria. Um completo colapso logístico, fruto da total falta de planejamento da administração.
Enquanto servidores compram luvas e pacientes ficam sem atendimento por falta de materiais, a prefeita está ocupada com os preparativos do próprio casamento. Com quem? Com o presidente do DAE, que ela mesma nomeou para o cargo. Uma aliança político-pessoal que parece mais importante do que qualquer compromisso com a cidade. Faltam materiais básicos nas UPAs, mas certamente haverá fartura na cerimônia matrimonial.
Suéllen Rosim governa para si, para seus aliados, para manter o jogo político. Não governa para o povo. Essa prefeita abandonou as UPAs, abandonou os servidores, abandonou a população. Transformou a Prefeitura em balcão de negócios e cidade virou um laboratório de vaidades pessoais. Cumpre acordos com empresários, inventa cargos para apadrinhados e ignora o básico: saúde, educação, dignidade.
O Sinserm não permitirá que a população sofra risco de vida por irresponsabilidade de uma prefeita cruel e indiferente com os problemas daqueles que dependem dos serviços públicos. Recorreremos a todas as instâncias até que os servidores tenham condições de trabalhar em um ambiente minimamente adequado e que a população tenha saúde de qualidade
O povo de Bauru merece respeito. Os servidores exigem condições mínimas para trabalhar. E Suéllen Rosim precisa ser responsabilizada por cada vida colocada em risco por sua omissão.