Em visita à Unidade Básica de Saúde (UBS) Bela Vista, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bauru e Região (SINSERM) constatou uma situação alarmante: não há fornecimento de pó de café pela Prefeitura. A precariedade chegou a tal ponto que os próprios trabalhadores, já sobrecarregados, estão fazendo arrecadações de dinheiro entre si ou levando o produto de casa para garantir o mínimo em seu ambiente de trabalho.
Na unidade há um cartaz que comunica aos usuários que, diante da falta, o café está restrito aos funcionários do posto. A mensagem, simples e direta, expõe um cenário vergonhoso para qualquer gestão que se diga comprometida com a saúde pública.
A prefeita Suéllen Rosim deixa faltar insumos básicos, como o pó de café, mas gasta milhares de reais trazendo artistas de fora para eventos, contratando empresas para serviços que nunca são concluídos, abrindo novas secretarias e multiplicando cabides de emprego para acomodar aliados políticos.
O contraste é revoltante: de um lado, servidores da linha de frente precisando “fazer vaquinha” para manter o mínimo de dignidade; de outro, uma administração que direciona recursos para projetos midiáticos e acordos políticos, enquanto o atendimento à população se dá em condições cada vez mais precárias.
Ter um café disponível durante o expediente não é regalia, é parte de um ambiente minimamente digno, especialmente para quem atua sob pressão constante, lidando diariamente com a saúde e o bem-estar da população. Negar isso aos trabalhadores é mais um retrato da falta de respeito da atual gestão para com o funcionalismo público.
O SINSERM denuncia e repudia com veemência essa situação. Não aceitaremos que servidores públicos sejam tratados como peças descartáveis de um sistema que investe pesado em propaganda e política, mas se omite diante das necessidades mais elementares de quem mantém a máquina pública funcionando.