A situação da educação nunca foi tão preocupante em Bauru. Com o agravamento da pandemia de Covid-19 e a postura negacionista da prefeita Suéllen Rosim, o diálogo entre os trabalhadores e gestores da pasta, estudantes e responsáveis deixou de ser uma opção para dar lugar ao autoritarismo e a negligência de Suéllen.
Como um soldado que bate continência para o capitão, a prefeita adotou a cartilha de Bolsonaro desde sua campanha. Contesta a ciência, os estudos, os números crescentes de casos e óbitos por Covid-19 e tenta empurrar goela abaixo o retorno às aulas presenciais sem ouvir as partes interessadas. Ao ignorar que o contágio e as mortes pelo novo coronavírus seguem em escalada crescente, Suéllen não permite que sejam apresentados os dados técnicos e encontradas soluções efetivas para a educação em meio ao caos.
Além de jogar os servidores na cova dos leões ao insistir na volta às atividades presenciais sem a estrutura mínima necessária, a prefeita se nega a receber sugestões de professores, profissionais do apoio escolar, coordenadores e diretores sobre possíveis saídas para a situação. Suéllen senta em cima da pauta e não permite a evolução dos debates e atrapalha o processo de aprendizagem e desenvolvimento de milhares de alunos.
Para justificar os desmandos negacionistas da atual gestão, são adotadas as estratégias mais diversas. Nesta semana, por exemplo, a página da prefeitura na internet foi reformulada. No novo website, o boletim epidemiológico da Covid – que antes aparecia no topo da página –, foi realocado para uma posição secundária, escondido, como se não tivesse importância. Pouco a pouco, deste modo, Suéllen vai criando uma sensação de normalidade que não é real. Bauru está longe de viver em condições sanitárias aceitáveis.
Neste Dia da Educação sob a gestão de Suéllen Rosim, não temos nada a comemorar. A vida dos servidores permanecem em risco e não desistiremos de lutar para que retorno presencial ocorra apenas quando toda a população esteja vacinada contra a Covid-19.