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No pior momento da pandemia, prefeitura nega gravidade para justificar aulas presenciais

Para justificar o retorno das aulas presenciais, a prefeitura de Bauru, em mais um ato negacionista, ignorou o colapso sanitário provocado pela Covid-19 no município. Em manifestação anexada na última sexta-feira (19) à ação civil pública protocolada pelo Sinserm contra o retorno presencial das atividades escolares, a secretária municipal de educação, Maria do Carmo Kobayashi, declarou que "as taxas de hospitalizações, mortes e letalidade atribuídas à Covid-19 estão em decréscimo em relação aos números de 2020".

É evidente que a posição da secretária está alinhada à lógica negacionista da prefeita Suéllen Rosim, que insiste em banalizar a vida dos servidores públicos em detrimento de outras. A prefeitura argumenta que, supostamente, não há evidências de casos graves da Covid-19 em crianças e adolescentes, mas não leva em consideração os riscos impostos aos servidores.

É público e notório que Bauru – com 114% da taxa de ocupação dos leitos de UTI e 38 pessoas na fila de internação –, vive o momento mais desafiador desde o início da pandemia. O Sinserm recebe a manifestação da secretária com profundo pesar e indignação e continuará na luta pela suspensão das aulas presenciais até que a segurança dos alunos e servidores seja garantida. É inaceitável que as vidas perdidas neste momento tão difícil, sejam tratadas com tamanha insensibilidade.

Os servidores da Educação estão em greve sanitária desde o início de março e permanecerão assim enquanto não houver segurança real para o retorno presencial.

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