O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bauru (Sinserm) vem a público denunciar e manifestar profunda indignação diante da conduta irresponsável e autoritária da administração municipal, em especial das Secretarias de Administração e Educação, em relação à formalização do Acordo de Greve e à reposição dos dias paralisados pelos servidores.

Desde o término da última paralisação, o Sinserm buscou incansavelmente negociar e firmar o Acordo de Greve, essencial para regulamentar de forma justa e transparente as reposições, sem prejuízo aos servidores. Contudo, o que enfrentamos foi uma série de manobras burocráticas e negligências que evidenciam a má vontade e o total desrespeito da administração municipal.

Reuniões desmarcadas, minutas de acordo desconsideradas e falta de diálogo propositivo, resultando em um atraso deliberado e injustificável na formalização do acordo. Essa postura evidencia não apenas a incompetência, mas também uma tentativa clara de enfraquecer a organização dos servidores e deslegitimar a luta por condições dignas de trabalho.

Agora, às vésperas do encerramento do ano, a administração municipal tenta impor um atropelo dos ritos, pressionando os gestores a exigir que os servidores preencham planilhas e cumpram reposições sem que o acordo tenha sido firmado. Mais uma demonstração de desorganização, autoritarismo e falta de compromisso com o serviço público por parte da gestão Suéllen Rosim.

GRAVIDADE DA SITUAÇÃO

O que se observa é uma administração que não apenas falhou em suas responsabilidades, mas também recorre a estratégias de coação e chantagem, sugerindo que os servidores que não realizarem a reposição até o final do ano terão descontos salariais arbitrários e inconstitucionais. É inaceitável que a Prefeitura, que deveria atuar de forma responsável e republicana, recorra a práticas tão abusivas contra os trabalhadores que sustentam o funcionamento dos serviços públicos.

Além disso, é inadmissível que a administração insista em culpar os servidores pelas reposições, quando foi a inércia das secretarias que inviabilizou a execução das mesmas dentro do prazo necessário. Não bastasse a precarização das condições de trabalho e a negligência estrutural, agora tentam transferir a responsabilidade do caos administrativo aos trabalhadores.

ORIENTAÇÕES AOS SERVIDORES

O Sinserm reforça que:

1. Não existe acordo de greve assinado, e, portanto, não há obrigatoriedade no preenchimento ou envio da planilha exigida.

2. Aqueles que optarem por preencher as informações devem, obrigatoriamente, registrar todo o conteúdo preenchido, por meio de cópias, fotos ou qualquer outro meio, para resguardar seus direitos em eventuais questionamentos futuros.

3. Não aceitem imposições arbitrárias ou ameaças de descontos salariais. Qualquer tentativa de coerção será imediatamente denunciada e combatida pelo Sinserm.

EXIGIMOS RESPEITO

O Sinserm exige que a administração municipal cesse imediatamente essas práticas abusivas e assuma sua responsabilidade na formalização do Acordo de Greve. É inaceitável que os servidores, que já enfrentam condições de trabalho precárias e baixos salários, sejam submetidos a mais esse descaso.

Não se pode tolerar que uma gestão pública trate com tanto desprezo seus funcionários. O Sinserm continuará firme na defesa dos direitos dos servidores e não hesitará em adotar todas as medidas cabíveis, para impedir que mais essa tentativa de desvalorização dos trabalhadores avance.

BASTA DE DESCASO E ABUSOS!