O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bauru (Sinserm) repudia veementemente as alegações inverídicas publicadas em nota pela Prefeitura Municipal de Bauru no dia 5 de fevereiro, segunda-feira, às vésperas da paralisação do magistério. Informamos que desde o dia 2 de fevereiro, sexta-feira, era de conhecimento da Administração que os professores e diretores das escolas municipais entrariam em greve caso não obtivessem uma resposta positiva até às 17h do dia 5, segunda-feira, em relação ao pleito da categoria pela regulamentação do piso salarial nacional no município.
A prefeitura está há mais de dois anos sem cumprir a lei federal que prevê a aplicação do piso salarial do magistério em todo o Brasil. Em todo este período, os trabalhadores e o sindicato tentaram dialogar com a prefeita Suéllen Rosim, sem sucesso. Foram inúmeras reuniões improdutivas, encontros desmarcados e meses de enrolação. Uma relação de profundo desrespeito com aqueles que trabalham todos os dias pela educação e desenvolvimento de nossas crianças e adolescentes.
Diante deste cenário, os profissionais do magistério municipal realizaram uma Assembleia na última quinta-feira (1), e formataram uma proposta de Projeto de Lei (PL), para implementar o piso em Bauru. Desde a realização da Assembleia, todos os ritos legais foram cumpridos, bem como avisos de greve encaminhados através de ofícios e veículos de comunicação.
A prefeitura mente quando alega que a greve não tem justificativas e tenta, desta forma, colocar a população contra os trabalhadores que cuidam diariamente do futuro dos nossos filhos. O movimento de greve é um direito constitucional, garantido por lei, mas nós tentamos não recorrer a ele. Gostaríamos de estar em nossos locais de trabalho, com todos os direitos assegurados, mantendo as atividades. Foram inúmeras tentativas de diálogo até a paralisação, todas elas desperdiçadas pelo governo.
Seguimos firmes em nosso propósito, certos de que a população sabe de nosso empenho para assegurar a melhor educação possível para toda a comunidade, mas sem valorização não tem educação. E sem servidor não tem serviço público.