Notícias

Saúde

O caos da terceirização na Saúde

Bauru está vivendo um caos na saúde. Falta de profissionais, unidades lotadas e filas intermináveis são alguns dos efeitos colaterais que a terceirização da saúde trouxe aos bauruenses. Desde a criação da Fundação Estatal Regional de Saúde da Região de Bauru (FERSB), os serviços de saúde sofrem acelerada precarização, atingindo tanto os profissionais, quanto à população.

O Sinserm sempre se colocou contra a adoção deste modelo e segue na luta pelo serviço público de qualidade, com contratação de efetivo via concurso público, a valorização dos servidores e a boa prestação de serviço aos munícipes. Nesta quarta-feira (5), estivemos na UPA do Jd. Bela Vista e averiguamos uma série de desrespeitos – sanitários e humanitários – contra o povo.

Os registros fotográficos feitos nesta quarta, evidenciam que a terceirização é a pior opção de gestão para todos. Nesta modalidade, leis trabalhistas são burladas, trabalhadores explorados e abre-se brecha para esquemas de corrupção. Com isso, bons profissionais se afastam das Fundações e Organizações Sociais, que recorrem àqueles que aceitam trabalhar muitas horas por muito pouco. O resultado é a escassez de mão de obra qualificada, a degradação dos serviços e a demora nos atendimentos.

É inadmissível que a população pague pela incompetência dos gestores públicos. Não é possível que a Saúde de Bauru padeça de tantos males, enquanto a Secretaria da Educação não consegue gastar todo o seu orçamento anual. Enquanto a Educação compra imóveis, a Saúde não tem dinheiro para promover concursos e contratar médicos que dêem conta das demandas do município.

A situação atual é um atestado de incompetência – ou falta de vontade política – de várias gestões municipais, aprovadas pelo legislativo que nunca barrou a terceirização em suas mais diversas formas.

A saúde é dever do Estado e deve estar acima de interesses comerciais e políticos. A Saúde de Bauru está na UTI.

Compartilhe: