Nesta quarta-feira (23), a diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bauru e Região (Sinserm), as chefias da Unidades Básicas de Saúde do Chapadão, sentinela Falcão e Centro se reuniram com o secretário de saúde, Orlando Costa Dias. A vereadora Estela Almagro (PT) também esteve presente.
A reunião foi solicitada pelo Sinserm para discutir a grave situação em que se encontra o sistema público de saúde do município e entregar ao secretário a pauta de reivindicações da categoria para sanar os inúmeros problemas enfrentados pelos profissionais de saúde nas unidades.
A mobilização que resultou na reunião começou com a organização de um grupo de servidores da atenção básica que, indignados com as condições de trabalho e esgotados com as horas de trabalho exaustivas – visto que estão sendo convocados para cumprir jornadas fora do horário de trabalho –, uniram-se em torno de uma agenda comum para por fim nos abusos trabalhistas e degradação laboral. O grupo cresceu, aglutinou servidores de todas as unidades de saúde e, ao longo de dias, inúmeras reivindicações foram discutidas em conjunto.
Após muitas discussões entre todos os servidores, uma pauta de reivindicações foi elaborada de modo a contemplar todos os pontos apresentados. Com a pauta em mãos, o sindicato convidou as chefias para estarem presente no encontro com Orlando, a fim de tornar a reunião o mais representativa possível. As representantes acima citadas, aceitaram, portanto, gentilmente, comparecerem e contribuírem para o debate com o secretário.
Orlando recebeu a pauta e se mostrou solícito ao que foi apresentado. O titular da pasta ouviu ponto a ponto com atenção. Abordamos a falta de funcionários; a dificuldade em repor cargos extintos pelo PCCs; a necessidade de reposição do quadro dentro dos limites da legislação; sugerimos a promoção de um mutirão de vacinação – uma vez que os servidores enfrentam dificuldades para cumprir com as demandas de rotina das unidades em concomitância ao calendário vacinal – e a contratação de equipes de segurança para garantir a integridade física dos servidores.
Também foi discutida a dificuldade de comunicação entre a gestão municipal e as chefias – que, por muitas vezes, ficam sabendo das decisões da prefeitura e/ou da secretaria por meio da imprensa. Além da transferência de pacientes que deveriam ser atendidos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e que, por estarem atendendo apenas casos graves, são direcionados para as UBSs – onde não há estrutura básica para prestar o atendimento adequado aos munícipes.
Ao final da reunião, Costa Dias solicitou um prazo até a próxima quarta-feira (30) para responder ao apresentado pelo sindicato e pelas servidoras. Apesar da solitude do secretário diante da reunião, o Sinserm acompanhará os próximos passos com rigor e muita seriedade. A situação do sistema de saúde da cidade chegou a um ponto em que não podemos mais esperar nem temos margem para errar.