(Foto: Pedro Romualdo/Câmara Municipal de Bauru)
A votação do Projeto de Lei (PL) que prevê a concessão do tratamento de esgoto de Bauru para a iniciativa privada foi adiada mais uma vez nesta segunda-feira (1). O vereador Pastor Bira (Podemos), relator do texto na Comissão de Economia da Câmara, pediu maior prazo para análise sobre uma das emendas modificativas apresentadas pelos parlamentares.
O PL tem sete emendas: uma do vereador Coronel Meira (União Brasil), três da vereadora Chiara Ranieri (União Brasil), duas do vereador Eduardo Borgo (Novo) e uma do vereador Fabiano Mariano (PDT). Analisar o texto completo, incluindo as emendas modificativas, é imprescindível antes de votar um Projeto que pode alterar a vida da população por 60 anos.
Tendo em vista os riscos que a concessão impõe aos munícipes – como a precarização dos serviços prestados, alta das taxas e a venda total do Departamento de Água e Esgoto (DAE) –, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bauru (Sinserm) é contra a aprovação do PL e trabalha para derrubada do mesmo.
Seguimos empenhados em impedir o desmonte do patrimônio público, pressionando a prefeita Suéllen Rosim para retirar o carimbo de urgência da concessão e permita que os PLs que estão travados sejam apreciados pelos vereadores. É responsabilidade da chefe do Executivo destravar a cidade, de modo a resolver definitivamente impasses como os pisos salariais do magistério e da enfermagem, além do reajuste anual dos servidores.
A atual mandatária travou a Pauta da Casa de Leis pela primeira vez na história do município, prejudicando a população e jogando a culpa nos parlamentares. A verdade é que a prefeita utiliza a concessão do DAE como arma política para privilegiar seus aliados e quem paga a conta é o povo. Só ela pode por fim a essa disputa, é obrigação dela.