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Prefeita Suéllen Rosim recebe servidores no oitavo dia de greve, mas não muda índice de reajuste

Nesta terça-feira (11), oitavo dia da greve dos servidores públicos municipais de Bauru, a categoria se reuniu em frente ao Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sinserm) no período da manhã e deliberaram por realizar uma passeata até o Palácio da Cerejeiras, sede da prefeitura. Os manifestantes ocuparam a Avenida Duque de Caxias, uma das principais vias da cidade com faixas e palavras de ordem, reivindicando um reajuste salarial digno.

Nesta segunda-feira (10), o Sinserm encaminhou ofício ao Executivo, solicitando uma reunião com a prefeita Suéllen Rosim, em mais uma tentativa de estabelecer diálogo acerca do dissídio. A administração respondeu a solicitação no início da manha desta terça, convidando o sindicato e uma comissão de servidores para reunião às 11h45.

Além da diretoria do Sinserm, cada categoria elegeu nomes para formar a comissão de maneira representativa. Por volta de 12h, cerca de 35 servidores subiram ao auditório da prefeitura para dialogar com a chefe do Executivo. Estiveram presentes na reunião, o chefe de gabinete, Rafael Lima Fernandes, e o secretário de administração, Cristiano Zamboni.

Suéllen ouviu as reivindicações, mas reafirmou que não pode elevar o índice proposto inicialmente, de modo a não elevar o déficit da Fundação de Previdência dos Servidores Efetivos de Bauru (Funprev). Ela enfatizou, porém, que o governo estuda medidas para atender as demandas específicas apresentadas por cada categoria, como a regularização do piso salarial dos professores e a criação de um benefício para aposentados, que não recebem o vale-compras. 

Os trabalhadores argumentaram que o déficit da Funprev não é de responsabilidade dos mesmos e não pode ser equalizado às custas da desvalorização dos servidores. A mandatária respondeu que as correções referentes aos cargos, carreiras e salários ocorrerão a partir da atualização do PCCS, que está em fase de levantamento de dados com empresa terceirizada. A prefeita também se comprometeu em pagar o reajuste de 6% retroativo a janeiro, tanto para os salários quanto para o vale-compras. 

Uma das servidoras sugeriu que fosse concedido um abono até o fim dos estudos para revisão do PCCS e Suéllen aceitou receber a proposta. O representante jurídico do Sinserm, José Francisco Martins, contrapôs que o reajuste salarial deveria considerar 14 meses de inflação, uma vez que a data base é em março.

Todos os pontos abordados na reunião serão discutidos em assembleia nesta quarta-feira (12), a partir das 8h, na sede do Sinserm. O comparecimento de todos os servidores é de suma importância para que as decisões sejam tomadas coletivamente e atendam os anseios da maioria.

A greve está mantida até a realização da assembleia na manhã desta quarta-feira.

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