Embora a prefeitura de Bauru se esforce para abafar a realidade, omitindo dados sobre o número de profissionais da educação já vacinados e ignorando os inúmeros questionamentos do sindicato, a realidade é facilmente desvendada ao se visitar escolas e ouvir os servidores: a vacinação caminha a passos lentos, pouquíssimos foram imunizados e muitos continuam expostos diariamente ao vírus enquanto a prefeita Suéllen Rosim trabalha em sua cortina de fumaça.
Desde o início da vacinação de professores e profissionais de apoio, não foram divulgados quaisquer dados referentes ao mapeamento ou à evolução da vacinação para a categoria. Até o momento não é possível saber quantos profissionais já foram vacinados, quantos faltam ser imunizados e quais são as estratégias adotadas pela secretaria de educação para alcançar a totalidade dos servidores.
Mesmo diante do cenário nebuloso, com omissão de informações, afastamentos por comorbidades negados e nenhuma garantia de biossegurança, a prefeitura insiste no retorno irresponsável às aulas presenciais. O sindicato é contrário às atividades presenciais até a imunização completa da população e orienta os profissionais da pasta a manterem-se ou aderirem à greve sanitária. Sem um plano de vacinação efetivo e/ou informações claras sobre o processo, a única medida de proteção capaz de manter a comunidade escolar segura é o isolamento social. A greve conta, hoje, com a adesão de 119 servidores – número que cresce diariamente com as convocações intimidatórias da prefeitura para o retorno aos locais de trabalho.
VACINAÇÃO SOLIDÁRIA
O Movimento Pela Educação e Pela Vida lançou uma campanha para arrecadar alimentos para pessoas em situação de vulnerabilidade social e todos os profissionais da educação que comparecerem para tomar a segunda dose da vacina podem colaborar. A imunização ocorre nos dias 11, 12 e 13 de maio, das 8h às 17h, no prédio da secretaria municipal de saúde. A doação é voluntária e não obrigatória.