O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bauru (Sinserm) mais uma vez precisa agir para cobrar da Prefeitura medidas mínimas para garantir condições dignas de trabalho e atendimento à população. Desta vez, o alerta se dá diante do anúncio de um corte programado de energia elétrica na Unidade Básica de Saúde (UBS) Chapadão, que ficará sem luz das 11h às 17h no dia 31 de janeiro de 2025, sexta-feira, em razão de uma manutenção na rede realizada pela CPFL.
Mesmo com a notificação antecipada, a Secretaria Municipal de Saúde mais uma vez falha em antecipar providências que deveriam ser elementares para evitar transtornos e prejuízos à saúde de servidores e usuários. Diante da omissão da gestão, o Sinserm protocolou um ofício cobrando medidas urgentes, que incluem a suspensão do atendimento na unidade e a comunicação prévia à população para evitar deslocamentos desnecessários.
A ROTINA DO DESCASO
A Prefeitura de Bauru tem demonstrado, de forma sistemática, sua incapacidade ou falta de vontade em planejar soluções para situações previsíveis. O caso da UBS Chapadão é apenas mais um exemplo da gestão reativa e desorganizada que caracteriza a Administração Municipal. Não é a primeira vez que os servidores enfrentam condições de trabalho insalubres e a população é desrespeitada pela falta de estrutura.
A ausência de energia elétrica transforma a unidade em um verdadeiro forno, expondo funcionários e usuários a um ambiente abafado e insuportável, especialmente em um período de temperaturas elevadas. O risco à saúde é evidente: a falta de climatização pode levar a quadros de desidratação, mal-estar e até desmaios, sobretudo entre os mais vulneráveis, como idosos, gestantes e pessoas com doenças crônicas.
Além disso, sem energia, todo o sistema informatizado da UBS fica fora do ar, impossibilitando consultas a prontuários, realização de cadastros e agendamentos de novos atendimentos. O resultado? Esperas ainda mais longas para a população e caos no atendimento. Se a rotina na rede pública municipal já é difícil em dias normais, o cenário sem sistema se torna um verdadeiro martírio para quem precisa de assistência.
OMISSÃO COLOCA SERVIDORES E USUÁRIOS EM RISCO
O Sinserm destaca que o problema não é apenas a falta de energia em si, mas a postura negligente da Prefeitura, que insiste em tratar o serviço público de forma improvisada e sem planejamento. Se houvesse um mínimo de responsabilidade, as providências cobradas pelo sindicato já estariam em execução. Mas, como de costume, o Executivo Municipal age apenas quando pressionado.
Não há justificativa para manter uma unidade básica de saúde aberta nessas condições. É um absurdo obrigar servidores e população a permanecerem em um espaço sem ventilação, sem sistema e sem a mínima estrutura para oferecer um atendimento decente. Essa decisão coloca vidas em risco e mostra o total descompromisso da Administração com aqueles que mais precisam do serviço público.
A Prefeitura precisa decidir se continuará tratando o serviço público com improviso e descaso ou se, ao menos desta vez, tomará uma atitude responsável e evitará mais uma tragédia anunciada. O Sinserm seguirá acompanhando o caso e cobrando medidas efetivas para que servidores e usuários não sejam penalizados pela incompetência da gestão municipal.