Na manhã desta quinta-feira (13), a prefeita Suéllen Rosim convidou o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bauru e Região (Sinserm) e representantes de outras orgãos e entidades para uma reunião no Palácio das Cerejeiras, a fim de apresentar a proposta do Executivo para o dissídio de 2022.
Além da diretoria do Sinserm, estavam presentes o vice-prefeito, Orlando Costa Dias, os secretários Everton Basílio (Finanças), Everson Demarchi (Administração), o procurador-geral do município, Marcelo Castro, os vereadores Edson Miguel e Marquinho Souza, presidente do Legislativo, além de representantes do DAE e da Emdurb.
Desde que recebemos o ofício sobre a reunião nesta quinta-feira (12), manifestamos contrariedade ao encontro por compreender que, as discussões sobre o dissídio e reajustes relativos aos servidores públicos municipais devem ocorrer exclusivamente entre a entidade sindical e o Poder Executivo.
Informamos também, através de veículos de imprensa e canais digitais do sindicato, que a assembléia de campanha salarial para 2022 está agendada para o dia 27 de janeiro e não aceitaremos qualquer negociação antes de ouvir a base e fechar a pauta de reivindicações.
Considerando que a categoria está há mais de dois anos sem reajuste salarial, não há como iniciar diálogo sobre qualquer reajuste sem compreender as necessidades e expectativas dos servidores. No entanto, a proposta da prefeita é reajustar os salários em 10,06% e conceder um aumento de 25% para o vale-alimentação. É importante ressaltar, neste aspecto, que a correção do vale-alimentação não contempla os aposentados. Contudo, lembramos que os servidores já enfrentam uma perda de no mínimo 3% nos salários, de acordo com a nova alíquota previdenciária.
Na reunião desta quinta, reiteramos que o sindicato só discutirá o dissídio após a assembléia do próximo dia 27, em posse da pauta de reivindicações, que deve ser elaborada em conjunto com os trabalhadores representados por esta entidade.
Expressamos, ainda, profundo descontentamento com a forma como a prefeita iniciou as tratativas. Ao convocar o sindicato para discussão anterior à assembléia de campanha salarial, o Executivo tenta sabotar a mobilização dos servidores e manobra para impor suas propostas.