Em mais uma visita de fiscalização realizada nesta terça-feira (27), a diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bauru (Sinserm) encontrou na Usina de Asfalto de Bauru um cenário de filme de terror. O que deveria ser um local de trabalho digno é na verdade uma construção abandonada, entregue à deterioração, ao improviso e à completa negligência do poder público.
Importante destacar que o espaço onde está instalada a Usina de Asfalto abriga, além da própria usina, outros setores operacionais da Secretaria Municipal de Obras, como o setor de pré-moldados, além de servidores administrativos que atuam no local. Todos dividem um ambiente marcado pelo abandono, pela precariedade e pela completa falta de respeito com a dignidade humana.
É impossível não se indignar com o que foi registrado. Um dos bebedouros, equipamento essencial à saúde dos trabalhadores, sequer possui filtro. O outro está com a data de validade rasurada, mas é possível verificar que o filtro venceu em 2021. Os banheiros não têm pias nem portas e há torneiras jorrando água diretamente no chão por falta de sifão. A precariedade grita em cada detalhe.
Além do abandono estrutural, a situação se agrava com a ausência de itens mínimos para o desempenho das funções: faltam ferramentas, equipamentos de proteção individual, materiais de limpeza e até uniformes. O espaço onde os servidores tentam descansar ou se alimentar no intervalo do almoço é insalubre e extremamente degradado.
As imagens feitas pela equipe do Sinserm são chocantes. Revelam um ambiente onde tudo está sucateado, velho ou improvisado — uma completa afronta à dignidade dos trabalhadores.
E o maior símbolo da irresponsabilidade administrativa é a chamada “nova Usina de Asfalto”. Anunciada há mais de um ano pela prefeita Suéllen Rosim, o maquinário sequer foi instalado. Continua embalado em plásticos de proteção, deteriorando sob o tempo. Milhões de reais em recursos públicos estão parados, sem gerar benefício algum à população nem aos servidores.
Enquanto isso, os trabalhadores seguem operando a antiga usina — ultrapassada, perigosa e nociva à saúde. O equipamento, em funcionamento há décadas, emite uma densa poeira que coloca em risco todos os que ali circulam.
O Sinserm não se calará diante dessa afronta. O Sindicato já prepara ofício à Secretaria Municipal de Obras e à própria Prefeitura cobrando providências imediatas. Não aceitaremos que servidores sejam tratados como descartáveis.
Esse ambiente de desrespeito, abandono e desumanidade tem sido uma das marcas do governo Suéllen Rosim desde seu primeiro mandato. O desprezo da prefeita pelas condições de trabalho dos servidores públicos é incompatível a responsabilidade é moralidade pública.
Chega de desprezo. Servidor não é objeto.