A reunião realizada nesta sexta-feira (13), entre representantes da Secretaria de Saúde, Secretaria de Obras, Defesa Civil, Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) e o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bauru (Sinserm), sobre as condições de trabalho no prédio do Departamento de Saúde Coletiva (DSC), terminou sem avanços significativos. O encontro, esperado como uma tentativa de resolver o impasse sobre as condições insalubres do edifício, revelou a continuidade de um cenário de divergências e tensão entre as partes.
A administração municipal, representada pela Secretaria de Saúde e demais órgãos, mantém a posição de que o único problema existente no prédio do DSC é o desconforto térmico, afirmando que a questão pode ser resolvida com reparos no sistema elétrico e concomitante refrigeração dos ambientes. No entanto, para o Sinserm, que representa os servidores públicos municipais, o problema é muito mais grave. O prédio não possui condições de segurança mínimas para alocar os servidores. Há problemas estruturais sérios, como falhas na rede elétrica, que colocam em risco a vida dos trabalhadores.
Problemas Identificados e a Falta de Ação
Os relatos dos trabalhadores e das visitas técnicas realizadas apontam para uma série de problemas que ultrapassam o "desconforto térmico". Além do calor extremo que toma conta do ambiente, o que dificulta a concentração e a produtividade, há registros de problemas recorrentes na rede elétrica, elevando o risco de incêndios e acidentes de trabalho. Estamos falando de negligência por parte da administração. Não é admissível que se reduza a questão a um simples desconforto. Estamos falando de risco de vida.
Audiência de Mediação
Diante do impasse, a procuradora do trabalho, Guiomar Pessotto Guimarães, determinou uma audiência de mediação entre a Secretaria de Saúde e o sindicato para o dia 17 de setembro. A expectativa é que essa audiência, mediada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), possa trazer avanços na negociação e definir um plano de ação para sanar as condições insalubres apontadas.
Enquanto a situação não se resolve, o clima entre os servidores é de insatisfação e insegurança. Muitos relatam que têm receio de continuar trabalhando no prédio e temem por suas vidas. A audiência de mediação será uma oportunidade para reverter esse quadro. No entanto, a história recente de desentendimentos e o histórico de atraso nas soluções para problemas semelhantes em Bauru deixam os trabalhadores céticos.
O que se espera agora é um compromisso real das autoridades municipais em resolver os problemas apontados e garantir um ambiente de trabalho adequado para os servidores públicos, que diariamente prestam serviços essenciais à população de Bauru.