O futuro do sistema previdenciário dos servidores públicos de Bauru esteve em pauta nesta quarta-feira (3), durante Audiência Pública promovida pela Câmara Municipal, por iniciativa da vereadora Estela Almagro (PT).
O déficit da Fundação de Previdência dos Servidores Públicos Municipais Efetivos de Bauru (Funprev) preocupa trabalhadores, especialistas e gestores públicos desde o ano passado, quando o assunto ganhou destaque nas discussões políticas da cidade.
Embora a prefeitura tenha encaminhado propostas ao Legislativo a fim de solucionar o déficit, estas não se provaram suficientes para encerrar o impasse e a gestão municipal retirou o Projeto de Lei (PL) da Câmara.
Desde então os servidores ativos e inativos convivem com a angústia de ver uma Reforma da Previdência tão desastrosa quanto a que foi imposta ao Regime Geral em 2019, chegar ao Regime Próprio de Bauru.
Nesta quarta, movidos pela indignação de quem é abandonado após anos de dedicação e trabalho, os servidores lotaram a galeria da Câmara para exigir que sejam ouvidos. Num exemplo inspirador de mobilização, usaram a tribuna para chamar a atenção para o descaso com que a administração tem tratado a situação e exigiram mais diálogo.
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sinserm) lembrou que no ano passado, a prefeita Suéllen Rosim enviou o PL em regime de urgência para ser aprovado a toque de caixa, sem a devida apreciação. Não permitiremos que isso aconteça novamente. A chefe do Executivo tem que assumir sua responsabilidade e ouvir aqueles que dão sustentação ao seu governo.
Exigimos respeito com os trabalhadores que saem todos os dias de casa para fazer a cidade funcionar, além de honrar a história dos aposentados que dedicaram-se a vida toda à máquina pública. Queremos ser ouvidos!
A vereadora Estela Almagro solicitou ao chefe de gabinete, Rafael Lima Fernandes, que uma reunião entre os vereadores, sindicato e comissão de servidores seja agendada com a prefeita, de modo que possamos construir uma alternativa para salvaguardar a Funprev, sem penalizar nenhuma das partes.