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Servidores protestam em frente a prefeitura e greve pode começar na terça-feira (4)

Mais de mil servidores públicos municipais lotaram a Praça das Cerejeiras nesta quinta-feira (30). A manifestação em frente à prefeitura de Bauru encerrou um dia todo de paralisação dos serviços, em reivindicação por um reajuste salarial digno. A mobilização foi deliberada em Assembleia Geral Extraordinária realizada no dia 23 de março, após a prefeita Suéllen Rosim propor um índice de 6% nos vencimentos, vale-compras e abono pecuniário. A categoria solicita 12%.

 

O ato desta quinta demonstra o potencial de mobilização dos servidores organizados e deixa um recado claro à administração: não existe serviço público sem servidor público. Não aceitaremos menos do que merecemos, somos nós que garantimos o bom funcionamento da cidade, apesar de todos os desafios estruturais, e burocráticos.

 

As falas que marcaram este dia 30 evidenciaram problemas pontuais que merecem atenção. As dificuldades vividas pelos aposentados – que não recebem o vale-compras – e das merendeiras – que ganham menos do que um salário mínimo e reivindicam o adicional de insalubridade –, precisam ser priorizadas. Chega de descaso com quem dedicou a vida ao município, chega de desdém para com as solicitações daquelas que alimentam nossos filhos todos os dias. Somos uma só categoria e não nos calaremos até que todos tenham condições justas, de vida e trabalho.

 

As profissionais do magistério também protestaram contra a resistência do Executivo em atualizar o piso salarial de acordo com a legislação nacional. As professoras pediram o fim da segregação profissional que só ocorre em Bauru, dividindo os profissionais em 'adjuntos' e 'especialistas'. Elas pontuaram que com a divisão, as adjuntas são desvalorizadas e não têm acesso a recursos importantes de formação, além da diferença salarial.

 

Para além das questões específicas, reivindicamos que todos os trabalhadores sejam valorizados tanto quanto for possível. A eficiência dos serviços públicos está diretamente ligada a valorização e motivação de quem presta os serviços diariamente à população. Diante disso, exigimos 12% de reajuste salarial e a extensão deste percentual ao vale-compras e abono pecuniário.

 

Em assembleia permanente, os servidores decidiram que aguardarão um novo posicionamento da chefe do Executivo até às 18h desta sexta-feira (31). Caso não haja resposta, será decretado Estado de Greve a partir de então e, cumprindo todos os ritos legais decretaremos greve geral na próxima terça-feira (4).

 

Até a vitória! Juntos somos mais fortes.

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