No sétimo dia de greve, os servidores públicos municipais de Bauru se reuniram em frente a prefeitura no período da manhã e realizaram uma manifestação com faixas, palavras de ordem e discursos pelo reajuste salarial de 12%. Os manifestantes rechaçaram o índice de 6% proposto pela prefeita Suéllen Rosim e relembraram as dificuldades enfrentadas pela categoria diariamente.

Embora a chefe do Executivo tenha tentado desmobilizar o movimento de greve com o ponto facultativo da última quinta-feira (6), o número de servidores no ato desta segunda demonstra que a adesão à paralisação permanece na mesmo patamar da semana passada, além do crescimento do número de grevistas em secretarias que não haviam aderido até então.

A tarde os servidores lotaram a galeria da Câmara Municipal, para reafirmar o descontentamento geral com o projeto de lei enviado ao Legislativo, que prevê um reajuste insuficiente para atender as necessidades dos trabalhadores diante do atual custo de vida. 

O deputado estadual Carlos Gianazzi (PSOL), presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) compareceu a sessão e declarou apoio ao movimento, solidarizando-se com a categoria. O parlamentar, no entanto, foi impedido de fazer uso da palavra na tribuna. O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sinserm) repudia veementemente a tentativa de silenciar o deputado. Apesar do episódio vexatório, nossas vozes continuarão a ecoar na mesma intensidade da indignação que move nossa luta.

A vereadora Estela Almagro (PT) fez um discurso duro e emocionado sobre a resistência da prefeita em conceder um reajuste digno aos servidores e foi ovacionada por todos presentes na galeria da Câmara, sendo aplaudida de pé.

Nesta terça-feira (11), nos reuniremos em frente a sede do sindicato – Rua Engenheiro Saint Martin, 14-38 –, a partir das 8h, para deliberar os próximos passos da campanha salarial. A greve está mantida e cada dia cresce mais. Vamos em frente!