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Sindicato fecha ciclo de Audiências sobre a LOA com cobranças diretas à Administração

Na noite da última quinta-feira (11), o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bauru e Região (SINSERM) participou do terceiro e último dia de audiências públicas para discussão da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026, realizada no Plenário da Câmara Municipal de Bauru.

A LOA é o instrumento que define como o município irá arrecadar e gastar recursos ao longo do próximo exercício, devendo refletir o compromisso da administração com políticas públicas, investimentos e valorização do funcionalismo. O SINSERM acompanhou atentamente cada apresentação, garantindo que as demandas dos trabalhadores fossem pautadas.

Representando o sindicato, o diretor Moisés Cristo abriu os questionamentos dirigindo-se à secretária da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento (SAGRA), Simone Matheus Pongitore, destacando a contratação de reeducandos para atividades na pasta. O sindicato apoia a iniciativa de reinserção social dos reeducandos, mas é preciso esclarecer se há planejamento para contratação de servidores efetivos. O serviço público precisa de estruturação permanente, não apenas de força de trabalho temporária.

A secretária afirmou que há vagas previstas e chamadas para reposição de servidores que se aposentaram ou se afastaram, garantindo que os reeducandos não ocupam vagas de servidores, já que o contrato prevê no máximo 19 trabalhadores nessa condição.

Moisés também cobrou rigor no fornecimento e fiscalização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), apontando que é comum flagrar servidores trabalhando sem o devido equipamento. Simone garantiu que a SAGRA fornece todos os EPIs e mantém estoque regular. Se houver flagra de trabalhador ou reeducando sem EPIs, o sindicato pode nos procurar. Somos rígidos na cobrança e no acompanhamento.”, assegurou.

O diretor Valdecir Rosa questionou a presidente da EMDURB, Gislaine Magrini, sobre a previsão de reajuste salarial e valorização dos servidores da empresa, além de investimentos em frota própria de caminhões. Valdecir destacou a preocupação dos trabalhadores com a dependência de veículos locados e com a falta de contratações em número compatível com o crescimento da cidade. “Queremos saber qual percentual do orçamento está destinado à valorização dos servidores e se há estudo para compra de caminhões. O gasto mensal com locação é alto e poderia ser revertido em patrimônio para o município.”, pontuou.

A presidente respondeu que a estratégia da EMDURB é priorizar o aluguel de caminhões, justificando que os veículos vêm com seguro, manutenção e possibilidade de substituição rápida em caso de falhas. Segundo Gislaine, a opção pela locação garantiu dez caminhões novos em operação em 2025, resultando em redução drástica no índice de quebras e reclamações da população. “Prefiro alugar cinco caminhões novos do que comprar cinco usados. A segurança do trabalhador aumenta e o custo com manutenção é reduzido”, afirmou.

Sobre contratações, Gislaine confirmou que todos os aprovados no último concurso foram convocados neste ano, mas muitos desistiram, o que comprometeu a recomposição das equipes. Por isso, há planejamento para abertura de novo concurso em 2026 para recompor o quadro, especialmente na coleta de lixo.

Para o sindicato, o terceiro dia de audiências deixou claro que a valorização dos servidores continua dependendo de muita pressão e mobilização da categoria. Embora tenha havido sinalização de novas chamadas para recompor o quadro da SAGRA e de concurso para a EMDURB em 2026, não houve apresentação de percentuais claros para reajuste salarial e progressões, nem previsão de revisão de planos de cargos e salários.

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