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Sinserm apresenta desordens da Saúde para o Ministério Público do Estado

Nesta segunda-feira (17), o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bauru e Região (Sinserm) se reuniu com o promotor do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), Enilson Komono para tratar da precariedade da saúde em Bauru.

Entre os assuntos da pauta, estava a cicular emitida pela Secretaria de Saúde no dia 10 de janeiro, que determinou a volta ao trabalho para o servidores que estavam gozando de férias ou licença prêmio.

Falamos sobre a ausência de profissionais, que, entre outras coisas, causa longas esperais nas unidades. Apesar das tentativas desastrosas da prefeitura em contratar médicos através de Organizações Sociais, o déficit no quadro de enfermeiros, técnicos de enfermagem, serventes de limpeza, entre outros, continua a ser um problema crônico da Saúde em Bauru. Além da falta de agilidade nos atendimentos, outro efeito colateral é a sobrecarga de trabalho para aqueles que estão em serviço.

Com a longa espera para receber atendimentos, a população acaba hostilizando os servidores de plantão que, muito embora desempenhem o melhor trabalho possível, não dão conta de suprir a grande demanda dos Núcleos de Saúde, UPAs, UBSs e hospitais – estes agora sobrecarregados muito por conta da falta de atenção e protocolos rígidos adotados pela administração municipal ao longo da pandemia. É grave que, por ineficiência e falta de vontade política para promover novos concursos, os servidores tenham sua condição laboral comprometida.

Além da situação caótica dentro das unidades de saúde, relatamos ao promotor as condições precárias de viaturas, ambulâncias, EPIs e as próprias edificações.

Muito embora tenha recebido a diretoria do Sinserm de maneira cordial, o senhor Enilson Komono pontuou que, a atuação do MP limita-se a cuidar dos interesses da população e da eficiência do sistema público. Apesar das denúncias apresentadas hoje pelo sindicato, o promotor alega que não pode atuar sem provas concretas do que foi relatado. Ele argumenta que é responsabilidade da entidade sindical e dos poderes constituídos, cuidar das questões trabalhistas e/ou laborais da Pasta.

Frente ao caos que se encontra o sistema, os servidores – que também são munícipes – sofrem com problemas graves de saúde, haja vista a quantidade de trabalhadores com restrições e afastados.

Não vamos nos deixar abater apesar dos obstáculos. Prepararemos uma representação que condense os problemas da Saúde e encaminhar ao MP-SP, para que sejam apuradas as denúncias.

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