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SINSERM denuncia condições indignas no refeitório da Secretaria Municipal de Saúde: calor insuportável e descaso com servidores

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bauru e Região (SINSERM), por meio de sua Diretoria Executiva Colegiada, esteve nesta quarta-feira (1), na sede da Secretaria Municipal de Saúde para apurar denúncias graves sobre as condições do espaço utilizado pelos trabalhadores para alimentação e descanso. O local, improvisado como cozinha/refeitório, revelou-se um ambiente insalubre e desumano.

Durante a visita, os dirigentes sindicais aferiram a temperatura interna e constataram mais de 30°C, ainda no início da primavera, evidenciando o risco de piora nas próximas semanas de calor intenso. A cena presenciada impressiona: um ventilador simples, levado por um servidor na tentativa de aliviar o calor; uma máquina de ar condicionado industrial instalada de forma inadequada, que expulsa ar quente diretamente para dentro do refeitório; e trabalhadores tentando almoçar e descansar em condições que não oferecem o mínimo de conforto e segurança.

Apesar de existir pedido antigo para amenizar o problema, a Secretaria de Saúde tem alegado que, por se tratar de um espaço improvisado, não é possível realizar melhorias. Pior: insiste em dizer que qualquer intervenção exigiria a retirada dos servidores do local — argumento que o SINSERM considera falho e revelador da falta de vontade política e de sensibilidade com quem sustenta o serviço público de saúde.

A situação encontrada é vergonhosa. Estamos falando da sede oficial da Secretaria Municipal de Saúde, que deveria ser referência em cuidado e bem-estar, mas oferece condições piores do que as de uma penitenciária para seus próprios trabalhadores.

A constatação do sindicato vai além do desconforto: a Norma Regulamentadora nº 17 (NR-17), que estabelece parâmetros para condições ambientais de trabalho, recomenda temperatura entre 20°C e 23°C para atividades de escritório e intelectuais, com umidade relativa adequada. O refeitório da Secretaria de Saúde chegou a marcar mais de 31°C, um índice muito acima do aceitável, colocando em risco o bem-estar e a saúde dos servidores.

O sindicato destaca que há alternativas técnicas viáveis para climatizar o ambiente sem prejudicar o uso imediato pelos servidores, caso haja real interesse da gestão municipal. O problema não é falta de solução, mas falta de bom senso e comprometimento com a saúde ocupacional.

Diante desse quadro, o SINSERM oficiará formalmente a Secretaria Municipal de Saúde, exigindo medidas urgentes para tornar o espaço minimamente adequado. 

A prefeitura insiste em dizer que cuida de seus servidores, então este é o momento de provar. Nenhum trabalhador merece almoçar ou descansar em um ambiente com mais de 30 graus, sem climatização e sem respeito.

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