O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bauru (Sinserm) vem a público denunciar a grave situação enfrentada pelos trabalhadores municipais lotados no Poupatempo, onde o descaso da Prefeitura, da Prodesp e do gestor local tem colocado em risco a saúde e a dignidade dos servidores.
No último dia 22 de janeiro, sob temperaturas superiores a 30 graus e com os aparelhos de ar-condicionado inoperantes, servidores foram submetidos a condições insalubres de trabalho, o que resultou em um grave incidente: alguns trabalhadores passaram mal devido ao calor extremo. Esse cenário revela o completo desrespeito à saúde e à segurança dos servidores, expondo-os a riscos inaceitáveis.
Ao tentar exercer seu papel constitucional de defesa dos trabalhadores, o Sinserm foi alvo de uma atitude arbitrária e antisindical. O gestor da Prodesp, responsável pela administração do Poupatempo, impediu a entrada dos representantes sindicais pela portaria destinada aos trabalhadores, dificultando o diálogo e ampliando o constrangimento. A liberação só ocorreu após a abertura do local ao público, o que escancara uma tentativa clara de inviabilizar a atuação do sindicato.
O Sinserm considera essa postura inadmissível e reforça que o direito à organização sindical é garantido pela Constituição Federal, sendo inaceitável que práticas como essa ainda ocorram. A atitude do gestor da Prodesp é um ataque direto aos direitos dos trabalhadores e ao papel legítimo do sindicato como defensor das categorias.
Enquanto a Prodesp se omite e a Prefeitura silencia, os trabalhadores permanecem em um ambiente de trabalho insustentável. A gestão pública municipal, que deveria zelar pela dignidade dos servidores, se exime de sua responsabilidade ao não exigir condições adequadas de trabalho, expondo aqueles que garantem os serviços à população a situações de risco.
Diante dessa grave situação, o Sinserm convocou a paralisação das atividades no Poupatempo por tempo indeterminado até que as demandas sejam atendidas.
Exigimos da Prodesp e da Prefeitura:
• Manutenção imediata dos aparelhos de ar-condicionado e garantia de um ambiente de trabalho salubre.
• Responsabilização do gestor local pelo ato arbitrário e antisindical, que afronta os direitos dos servidores e do sindicato.
• Respeito e valorização dos trabalhadores municipais, que merecem condições dignas de trabalho e segurança.
O Sinserm continuará firme em sua luta por melhores condições para os servidores e pela garantia de seus direitos. Não permitiremos que atitudes como essa sejam normalizadas. A saúde e a vida dos trabalhadores não podem ser negligenciadas!