O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bauru (Sinserm) esteve nesta quarta-feira, dia 9, na Divisão de Apoio Operacional (DAO) do Departamento de Água e Esgoto (DAE) e se deparou com uma cena revoltante: um verdadeiro lixão a céu aberto no terreno da autarquia. A visita escancarou o completo abandono e a negligência da prefeita Suéllen Rosim e do atual presidente do DAE — e futuro primeiro-cavalheiro do município — Renato Purini.
No local, há de tudo: lixo, entulho, montanhas de sucata e viaturas abandonadas. Veículos que, se houvesse qualquer compromisso com a população, poderiam estar em plena operação, atendendo demandas urgentes do município. Mas ao invés disso, apodrecem jogados ao relento, sem qualquer manutenção ou destino certo, transformando o espaço público em um depósito de abandono — um foco de proliferação de mosquitos da dengue, animais peçonhentos e outras ameaças à saúde.
Essa realidade não é só sinônimo de descaso. É uma afronta. É crime contra o patrimônio público. É falta de responsabilidade administrativa. É a cara de uma gestão que prefere posar para fotos em redes sociais do que encarar a dura realidade dos trabalhadores e da população.
O Sinserm também vistoriou a Estação de Tratamento de Água (ETA), onde a situação não é menos grave. Servidores exercem suas funções em um ambiente de total precariedade. Mobílias quebradas, aparelhos de ar-condicionado inoperantes, infiltrações por todos os lados, buracos no teto e comprometimento da estrutura física da unidade. É um ambiente insalubre, perigoso, indigno e desumano. Um cenário que, em qualquer município sério, resultaria em responsabilização imediata das autoridades.
É preciso destacar, com orgulho e respeito, o trabalho dos químicos da ETA. Em meio a tantas dificuldades, eles exercem uma função essencial para garantir a qualidade da água consumida pela população de Bauru. Trata-se de uma atividade técnica, rigorosa, vital para a saúde pública — e que infelizmente é invisibilizada pelos gestores e pouco reconhecida pela sociedade. Trabalhando em condições precárias, sem estrutura adequada, eles representam o compromisso e a resistência dos servidores públicos que, apesar do abandono, seguem firmes no propósito de servir bem à população.
Tudo isso é dinheiro público — mal investido e jogado no lixo, literalmente. A gestão Suéllen-Purini mostra, mais uma vez, que não tem qualquer compromisso com a coisa pública, tampouco com os trabalhadores que garantem o funcionamento dos serviços essenciais.
Suéllen e Purini preferem brincar de gestão, num jogo perverso onde quem perde é sempre o povo. E mais: ao ignorarem completamente normas de segurança do trabalho, colocam vidas em risco, o que beira o criminoso.
O Sinserm repudia com veemência esse estado de abandono e cobra providências imediatas. O sindicato exige respeito aos trabalhadores e transparência sobre o destino do patrimônio da autarquia. Não aceitaremos calados que o DAE, um dos pilares do serviço público municipal, seja transformado em sucateiro oficial da gestão do “casal vinte” de Bauru.
A luta continua. E não vamos recuar.