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SINSERM denuncia: falta de água em Bauru é fruto do descaso e da lógica privatista da gestão Suéllen Rosim

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bauru e Região (SINSERM) vem a público manifestar sua indignação diante da grave crise de abastecimento de água que volta a castigar os bauruenses. A situação não é novidade: trata-se de um problema histórico que se repete ano após ano e que, mais uma vez, revela a ausência de planejamento e a negligência da atual gestão municipal.

No dia 25 de agosto, o Departamento de Água e Esgoto (DAE) anunciou o retorno do rodízio de abastecimento para os bairros atendidos pela Estação de Tratamento de Água (ETA) do Rio Batalha. A medida foi justificada pela baixa vazão da lagoa de captação, que atingiu 2,39 metros, bem abaixo do nível operacional mínimo de 3,20 metros.

A decisão trouxe de volta à rotina da população o rodízio 24 horas com água por 24 horas sem, atingindo mais de 100 mil moradores. Apenas três dias após o início, já surgiram falhas e reclamações: bairros como Vila Popular, Vila D’Aro e Vila Independência relataram torneiras secas mesmo em dias prometidos de abastecimento, além de oscilações de energia que paralisaram poços em diversas regiões.

Não se trata, portanto, de um “imprevisto”, mas de um drama anunciado e mal gerido.

É preciso deixar claro: os trabalhadores e trabalhadoras do DAE não são responsáveis pela falta d’água. Pelo contrário, são eles que, diariamente, enfrentam condições precárias, sobrecarga e falta de investimentos para manter o sistema funcionando.

O verdadeiro culpado é o modelo de gestão adotado pela prefeita Suéllen Rosim, que insiste em atuar apenas de forma reativa, sem planejamento estratégico de longo prazo. A falta de ações efetivas de preservação do manancial, ampliação da captação e modernização da rede demonstra um abandono calculado.

Ao precarizar o serviço, cria-se um ambiente propício para justificar a ideia de privatização do sistema: um projeto político perverso e criminoso que visa transferir um patrimônio essencial da população para interesses privados. Enquanto isso, o povo sofre com torneiras secas e incertezas diárias.

Não é a primeira vez que Bauru enfrenta situação semelhante. Em 2024, também na gestão Rosim, a seca levou o Batalha ao menor nível dos últimos dez anos (1,08 m), impondo um rodízio ainda mais severo, que chegou a deixar bairros até nove dias sem abastecimento. A normalização só ocorreu com a chegada das chuvas, não por ações da administração municipal.

Hoje, o cenário se repete: mais uma vez, sem chuva, sem planejamento e sem solução estrutural, a população é penalizada.

O SINSERM reafirma: a crise da água em Bauru é responsabilidade direta da gestão Suéllen Rosim, que governa sob a lógica da omissão e do desmonte dos serviços públicos.

A água é um direito humano fundamental, não mercadoria. Defender o DAE público, fortalecer seus servidores e investir em soluções permanentes é a única saída digna para garantir abastecimento à população.

Não aceitaremos que a falta de água seja usada como justificativa para entregar um patrimônio essencial da cidade às mãos do setor privado. O povo de Bauru merece respeito, planejamento e um governo comprometido com o interesse público.

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