O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bauru (Sinserm) esteve na manhã desta quarta-feira (3), na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Geisel para apurar sobre a agressão sofrida por um vigia, servidor público municipal, ocorrida no último fim de semana.

Além de colher informações sobre a agressão, os diretores do sindicato averiguaram as condições de trabalho e constataram que local não oferece condições mínimas aos servidores e usuários. Na ocasião, a unidade de saúde encontrava-se lotada, com contingente mínimo de servidores, proporcionando, assim, horas de espera para um atendimento.

Diante das condições sub humanas e voltando a questão da agressão, o colegiado do Sinserm compareceu a secretaria municipal de saúde e questionou sobre a contratação de uma empresa para prestar o serviço de vigilância e reforçar, deste modo, a segurança dos servidores e pacientes. Vale lembrar que, quando este serviço foi prestado por empresa contratada, cada unidade contava com três ou quatro vigia – o que, em tese, inibia agressões e/ou problemas de ordem disciplinares. Hoje, a prefeitura disponibiliza apenas um funcionário por unidade.

Segundo a secretaria, a primeira empresa licitada não atendeu aos requesitos para prestar ao serviço e que nesta quarta, a segunda empresa seria convocada para apresentar sua proposta. Não há um prazo, no entanto, para que esta se manifeste. O Sinserm argumentou que as condições de trabalho das unidades de saúde são insustentáveis e a necessidade de aumentar o contingente de funcionários para evitar novos incidentes é urgente.

Da secretaria de saúde a diretoria do sindicato seguiu para a Divisão de Vigilância, localizada na Praça Machado de Melo, onde conversaram com o servidor agredido e sua encarregada. Eles foram orientados para abertura de Notificação de Acidente de Trabalho. O Sinserm se colocou a disposição do servidor para prestar todo suporte necessário a fim de sua pronta recuperação.

Vale ressaltar que o sindicato tem tentado dialogar com a secretaria de saúde sobre a questão da segurança dos servidores e usuários das unidades de urgência e emergência há bastante tempo, solicitando e ratificando via ofício, inúmeros pedidos de reuniões para tratar o assunto... todos sem respostas.

Sobre a agressão envolvendo o servidor da UPA Geisel, o Sinserm entrará representação no Ministério Público do Trabalho.