No segundo dia de greve, os trabalhadores da Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e Rural de Bauru (Emdurb), marcharam nesta terça-feira (19), do pátio da Diretoria de Limpeza Pública (DLP) até o Palácio das Cerejeiras, para dialogar com a prefeita Suéllen Rosim sobre as reivindicações do movimento. Ao longo do percurso, o representante do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sinserm), Valdecir Rosa, chamou a atenção da população sobre as dificuldades que a categoria enfrenta.

Desde a manhã desta segunda-feira (18), 100% dos motoristas e coletores de lixo orgânico e recicláveis estão paralisados e nenhum caminhão saiu às ruas para realizar o serviço. Além destes, trabalhadores da varrição e do Cemitério do Redentor também aderiram à greve. A manifestação de hoje contou com mais de 120 servidores, além de representantes do Sinserm e do Sindtran. O protesto foi pacífico e acompanhado pela Polícia Militar (PM) e pelo Grupo de Operações de Trânsito (GOT).

Chegando à sede da prefeitura, os manifestantes gritaram palavras de ordem e reivindicaram a presença da prefeita. Após alguns minutos, Suéllen Rosim foi ao encontro dos servidores acompanhada pelo presidente da Emdurb, Everson Demarchi. Ambos reafirmaram que a empresa não possui recursos financeiros para custear o reajuste de R$ 375,00 que foi concedido ao vale-compras dos servidores da administração direta, Departamento de Água e Esgoto (DAE) e Fundação de Previdência dos Servidores Públicos Municipais Efetivos (Funprev). Eles mantiveram a proposta de elevar o benefício gradativamente até 2024, condicionada ao equilíbrio financeiro da Emdurb.

Insensível e truculenta, Suéllen não dialogou com os trabalhadores... Apenas repetiu o que vem dizendo há semanas. Não ouviu os servidores, não apresentou números, tampouco informou qual é o plano para recuperar a empresa. Ao ser questionada, deixou a reunião e foi intensamente vaiada.

A resistência da prefeita em apresentar uma nova proposta para o vale-compras da Emdurb revela a intenção perversa de desgastar a empresa. Precarizar para privatizar. Não permitiremos que este patrimônio seja rifado. A greve continua e o compromisso dos servidores com a Emdurb permanece.